14 de fevereiro de 2011

Maratona Skip Beat!: 1x01-25 (Completo)


Comecei a assistir esse anime por causa da indicação de uma amiga, e não consegui largar mais. Melhor: agora faço parte do grupo que traduz o mangá. (Para mais informações, vá ao site: skipbeatbr.tumblr.com )


Skip Beat conta a história de Kyoko Mogami, uma garota que foi para Tóquio na intenção de ajudar seu amigo Shou a realizar seu sonho de tornar-se uma estrela. Acontece que este não era bem o tipo “ideal” de amigo, e isso fará uma reviravolta na vida da jovem, que tentará entrar para o mundo do ShowBiz para realizar sua vingança.

A comédia romântica criada por Yoshiki Nakamura é caracterizada como shoujo (ou seja, um trabalho destinado principalmente ao público feminino). Porém, a crítica afirma que Skip Beat! consegue ultrapassar as barreiras da comédia melosa e desproposital, chamando os espectadores a uma experiência inovadora, de sentimentos complexos e ambíguos.

O mangá, que já conta com mais de 170 capítulos, ganhou uma versão animada que começou a ser exibida em 05 de outubro de 2008, totalizando 25 episódios.

Então, deixo vocês com as reviews dos episódios. Nos vemos novamente em uma possível adaptação Live-action (com atores reais) ou a continuação do anime, que é menos provável. Em breve, pretendo postar as reviews de uma maratona com os volumes do mangá. Até lá.

 01 - そして箱は開けられた (E a caixa foi aberta)

Me agradou bastante esse episódio. Não sei quanto ao desenrolar dos outros, mas esse foi intenso na medida certa: como eu sei que são 25 episódios, não toleraria um monte de enrolação que não leva a nada, pois seria perda de tempo. Por isso eu gostei do ritmo do episódio. Também gostei da personalidade explosiva da Kyoko, que parece serena mas arranja forças aparentemente do nada para conseguir o que quer. E, pelo que pude perceber, a vingança dela será bem realizada. Admito que será complicado me surpreender com algo realmente inovador nessa história, mas não culpo a criadora por isso. O problema é que muita coisa já foi feita nesse mundo, principalmente no que compete a comédias românticas no Japão. Mesmo assim, está sendo muito legal acompanhar essa “materialização” dos sentimentos, que se demonstram realmente palpáveis. Dar esse aspecto sobrenatural a uma série “Slice  of Life” (como são chamadas as histórias com teor 100% verossímil) garante uma atmosfera diferente, que pode surpreender mesmo com elementos clichê.

Algo que gostei no desenho foram dois cartazes: um do filme Harry Potter e um da cantora Avril Lavigne, ambos embaçados e sem permitir que se “prove” que são eles. Achei muito legal.

A metaforização da “Caixa de Pandora” foi realmente genial. Não foi preciso mais do que a introdução para entender o que se passou no interior de Kyoko quando ela ouviu a confissão involuntária de show. Espero que tudo dê certo para ela.

02 - 戦慄の宴 (Banquete Horripilante)

Mais um episódio demonstrando a extrema coragem, perseverança, força de vontade... Nem todo o campo semântico conseguiria descrever a garra dessa garota. Ela é emocionalmente descontrolada (isso é fato), mas a maneira que os sentimentos dela vem sendo explorados deixa-a com a habilidade especial de cativar mesmo parecendo perversa. Como em outras histórias, essa trama de personagem sem talento que consegue as coisas pela persistência quase sempre faz o espectador deparar-se com um final completamente previsível; talvez com alguns empecilhos no meio do caminho, algumas decepções, mas no final ele se sobressai. No entanto, não se pode negar que, mesmo com um enredo aparentemente fraco, as reações emocionais e o exagero de figuração dos sentimentos nos faz sentir bem ao acompanhar a trama. Eu estou muito curioso pra saber o que ela vai fazer com aquele “nabo”.

Outra coisa: Pelo visto, essa tal Kanae vai dar uma de vilã. Estou esperando pelos próximos episódios para ter a confirmação disso.

03 - 欠けてる気持ち (A emoção que lhe falta)

Acho que a proposta desse animê é mostrar que, com perseverança, consegue-se tudo. E que mesmo aqueles que acham ser destituídos de qualquer talento, ainda assim pode-se achar algo. O tal “nabo” na verdade era uma espécie de rabanete branco, mas tudo bem, passou no teste.
Ainda acho que essa explosão de sentimentos possa ser vantajosa para ela mais à frente... Mas agora, acho que vai atrapalhar um bocado. Essa questão da “falta de amor”... Tenho que dizer: não achei isso um clichê, de forma alguma. O fato do diretor ter voltado atrás, isso não me surpreendeu. Chega a ser lógico que a jornada dela não iria acabar no terceiro episódio.

Mas ainta estou intrigado quanto a essa garotinha que apareceu do nada...

04 - 再会の迷宮 (O Labirinto da Reunião)

Mesmo com a aparente desistência da Kyoko, parece que tudo deu certo. Mas eu achei bastante improvável que o Shou não a reconhecesse. Ele a conhece desde sempre, o cabelo não poderia ser o motivo de tanta diferença a ponto de ele não reconhecer a ex-amiga. E quanto ao Ren, ainda não entendo os sentimentos dele: uma hora ele diz que não gosta da Kyoko, outra hora ele fica todo gentil, tentando ajudá-la.

Acho que está começando a ficar exagerada essa personificação dos sentimentos da garota. Aqueles “espíritos” que saem dela o tempo todo, acho que está tomando muito os episódios. Tudo bem que isso faz parte do desenho, até dá uma certa beleza inovadora, mas é admissível que continue assim: não fará mal.

Achei essa história de Love me bem interessante. Desde o primeiro episódio, com aquele símbolo aparecendo no nome do animê, fiquei curioso em descobrir o que era. Agora, falta que eles desvendem essa misteriosa personalidade dela.

05 - そして箱は開けられた (Zona de Perigo)

Gostei do que fizeram ao abordar a questão das celebridades que mantém uma aparência boazinha para a mídia, mas são verdadeiros carrascos com seus empregados. E o outro lado bem explorado também é as consequências da desilusão amorosa de Kyoko – que, como podemos ver no fim do episódio, não se trata só de Shou, mas da mãe também.

Eu ainda não entendi o que ela tem de tão odioso contra o Tsuruga-san. Foi só aquilo que ele disse a ela no dia que ela faria o teste? Não acho que seja uma justificativa plausível para alimentar tanta loucura.

06 - 舞踏会への招待状 (Um Convite para o Baile)

O engraçado desse animê é que, cada vez mais, os puros sentimentos dão lugar à figuração extrema – e isso é muito interessante para um shoujo que usa um enredo batido. Porém, essa extrema figuração acaba fazendo o espectador ficar mais exigente: se todos os sentimentos, mesmo os mais profundos, são postos à tona, começamos a querer que todos os sentimentos sejam mostrados, já que esse é o padrão do anime. O que quero dizer é que as reviravoltas na cabeça da Kyoko – quando, no primeiro segundo, ela está possuída pelo ódio, e no momento seguinte uma expressão serena toma conta do seu rosto.

A relação com Tsuruga está mais clara – ela, como sempre, receosa em dar vazão a uma possível amizade, e ele se mostrando gentil apesar da inconstância dela. Talvez ela não esteja percebendo que ele está sendo apenas gentil, e sempre acha que há algo por trás de suas atitudes.

Além disso, temos também o “duelo” de atuação entre Kyoko e Ruriko – esta, graças à sua visão egocêntrica, acabou involuntariamente dando a oportunidade que Kyoko tanto desejava (e agora não largaria por nada). Só acho que, do jeito que ela é, não imaginei que ela fosse se submeter à vontade dos outros tão facilmente. Mesmo que eu tenha percebido que sua boa-vontade é alimentada pelo ódio, supus que ela ainda fosse ter várias recaídas, mas parece que o “amor” tomou conta dela de novo, e rapidamente. Como as cenas do duelo se estenderão até o próximo episódio (e, quem sabe, o seguinte ao próximo e por aí vai), estarei esperando para definir meu ponto de vista.

07 - プリンセス革 (A Revolução da Princesa)

Algo que achei realmente bom nesse episódio foi a quebra de clichê: enquanto todos pensariam que Kyoko ganharia o papel por sua persistência, tudo na verdade era uma estratégia do diretor para um avanço no caráter da Ruriko. E a Kyoko sai com uma perna fraturada e menos dez pontos. Isso sim é um anime que foge dos lugares-comuns.

Bem-bolada a cena em que o Tsuruga “guia” a Kyoko pela cena, fazendo com que ela seguisse o roteiro sem notar. Foi isso o que me deixou mais surpreso com o episódio. Mas foi bom: pelo menos Ruriko aprendeu uma importante lição, e Kyoko também. Espero que nos próximos episódios, ela consiga realizar os sonhos dela, e que mude a motivação para atuar. Acho que, utilizando-se desse “estímulo”, ela não irá muito longe. Especialmente pelo fato de que o Ren sempre estará por perto para recriminá-la.

08 - 一蓮托 (Haja o que houver)

Não é realmente um problema, o fato de que esse episódio pareceu uma “missãozinha” no meio do animê. Com certeza, ele terá alguma serventia para a trama-base. Algo interessante que notei nesse episódio foi que Ren apareceu apenas em lembranças e citações, sem se mostrar presente nas cenas – achei bastante interessante essa maneira de focar na vida das duas membro da Love Me sem esquecer o resto.

Não imagino que uma criança de sete anos conseguiria ter tanto ódio no coração, mas, como é um anime extremista em relação a sentimentos, vejo-me na obrigação de relevar isso. Outras coisas legais foram a excentricidade do presidente da LME com sua nova fantasia, e a “prisão psicológica” na qual Kanae se encontrava. Mas esse tal “desafio”... Ficou um pouco forçado – é a segunda vez que aparecem esses “desafios de atuação” para Kyoko. E os fantasminhas azuis da continuam aterrorizando, mas os anjinhos estão tendo mais participação. Metaforicamente falando, é claro.

09 - 天使の言 (Um Poder de Anjo)

Achei interessante a continuação do episódio, mesmo que eu ainda tenha um pé atrás quanto aos sentimentos da garota. Como uma criança consegue ter sentimentos tão complexos? Talvez não seja plausível, mas foi muito bem explorado.

No entanto, ainda penso que esses “surtos de atuação” deveriam sumir. Todas as vezes em que a Kyoko é desafiada, ela interpreta muito bem, sem falhas. E por que então ela estaria em uma seção que a ensine a atuar? Tudo bem que a Love Me ajuda os novatos a desenvolverem seus sentimentos, como no caso da “Mouko-san”, que interpreta bem mas não possui sentimentos.

10 - てのひらのブル (O AZUL na Palma das Mãos)

Muito engraçado mesmo. Além das revelações interessantes, como o fato de que Ren e Kyoko se conhecem há tempos, mesmo que ela não saiba, e a repentina reversão na amizade entre Kanae e Kyoko, que parece ter ido para o “beleléu” mais uma vez.

Mas a fantasia de galinha foi a melhor parte, sem dúvidas. As expressões faciais de ódio e deleite, acentuadas pela caricatura da galinha, deram um tom muito cômico a esse episódio. E o bom é saber que o próximo também terá a mesma dose de comédia – ou até mais.

11 - 嵐の素 (Tempestade Audaciosa)

A partir dos primeiros erros, Kyoko começou a aprender as táticas do Show Business. O encontro com Fuwa e sua demissão lhe deram a experiência de se tornar mais complacente. Mas o que me deixa desconfortável nos episódios (e, nesse, chegou ao auge) é o excesso de gritos, choro, surpresa e todo tipo de loucura que os sentimentos causam. A gritaria e as expressões exageradas estão cansando, e às vezes confundem o espectador.

Ela que pensa que não usou o Corn – estou ansioso para que ela descubra quem ele é. E, enfim, talvez ela pare de manter essa fixação em destruir outras pessoas, e começar realmente a dar o melhor de si para ser uma estrela da mídia japonesa.

12 - 開いた傷 (Uma Lembrança Ruim)

Achei maravilhosa a união das duas, mesmo que Kanae não esteja querendo isso. Impressionante como a Kyoko é uma das personagens mais diferentes que eu já vi. Ela ajuda as pessoas, consegue ser doce e gentil e se controlar com as humilhações – nem sempre, mas é o que vale – e agora se uniu com a amiga/rival para conseguir ajudar a outrem. Essa característica dela é realmente bastante valiosa.

Fico feliz por ter diminuído um pouco a revolução de sentimentos, e parece que Tsuruga também está enfrentando nova sensações que ele nem ao menos sabiam que existia. E, talvez seja algo subconsciente para alguns, mas, se notarmos, Fuwa não apareceu nesse episódio, nem na cabeça da Mogami – talvez alguma referência, mas nada como antes. Se permanecer assim, talvez ela consiga livrar-se daquela motivação errada e entrar para o mundo das Estrelas com o seu verdadeiro talento.

13 - バトルガー (A Batalha)

Parece que há algo de realmente interessante por vir. Esse episódio foi o único até agora em que a batalha de encenação não teve empurrõezinhos do roteiro, e está bastante plausível. Foi bom mostrar que Kanae ainda tem um pé atrás com Kyoko, e que as amizades não são feitas de uma hora para a outra. É realmente bom saber que o animê está sendo levado por uma vertente mais sóbria e de cenas mais próximas da realidade. Por ser uma “Slice of Life”, sem aspectos sobrenaturais, era realmente isso que se esperava: uma atuação boa, mas recheada de informações no lugar daqueles monstrinhos e anjinhos que saíam da Kyoko o tempo todo.

Outro aspecto interessante é que, dessa vez, nem o Tsuruga-Ren e nem o Fuwa Shou apareceram no episódio. Ao contrário do que acontecia antes, dessa vez o foco se volta para outras relações de Kyoko – nesse caso, da construção da amizade com Kanae. Está tão bom que vale perdoar o clichê da moça rica que consegue tudo como vilã.

14 - 秘密のスタンプ (O Livro do Selo Secreto)

Nesse episódios, conseguimos o final de uma fase: o primeiro trabalho de Kyoko e a conquista da amizade de Kanae – muito bom mesmo. Ren está se preocupando demais com ela – e a recíproca é verdadeira, sinto que pode nascer amor aí – e Maria está bem melhor do que antes, mesmo que não tenha havido mais comentários sobre o pai dela.

A ideia de Kyoko para o teste, no início do episódio, foi genial. Ter conseguido pensar em algo em questão de segundos, foi uma grande demonstração de talento – mesmo que ela não saiba (e o diretor está sabendo reconhecer isso, é o melhor de tudo). Enfim, parece que agora realmente irá se iniciar uma nova fase no animê.

15 - 地雷原と一 (Juntos no Campo Minado)

Desde o início, eu imaginei que o episódio fosse ser diferente – afinal, ter a Kyoko como agente do Tsuruga não poderia ser nada menos do que “engraçado”. Muito bom o fato de ela ter, aparentemente, entendido ele, para que a relação dos dois possa se tornar mais amigável. E, de certa forma, a Kyoko está conseguindo se livrar das amarras do ódio a Shotaro. Talvez essa história de ir para o colegial não renda muito, mas o resfriado com certeza irá render.

16 - 嫌い× (Ódio X Ódio)

Mais um episódio revelador. Fiquei feliz em ver que, aos poucos, os anjinhos e espíritos malignos estão sendo trocados por textos e frases engraçadas que aparecem aqui e ali. A grande disposição da garota em passar no colegial, sem deixar de agenciar o Tsuruga-Ren com rendimento máximo, mostrou ao próprio Ren que ela é realmente uma pessoa especial. E, enfim, conseguiram começar a gostar um do outro.

Que bom que o próprio Ren reconheceu as maravilhosas habilidades interpretativas da Kyoko, isso mostra que ela realmente seguirá o futuro que deseja – agora, sem a pressão da vingança de Shotaro, mas para criar uma imagem própria. Eu espero que, daqui para a frente, esse enredo ainda melhore – poderia aparecer um romance ou algo que balançasse as estruturas do desenho.

17 - 運命のDATE (ENCONTRO do Destino)

Enfim, o que parece ser o encontro dos dois (como o próprio título diz). Ainda estou assustado com a capacidade do Shotaro em ficar frente a frente com a Kyoko e não notar que é ela! Talvez os ocidentais se enganem com os rostos por serem bem delineados e diferenciados, e no caso dos japoneses não é assim... Mas de qualquer forma é impossível que ele não a reconheça – afinal, ela MOROU com ele – não é possível que as pessoas sejam tão iguais assim.

A cada momento, Kyoko fica mais próxima de ser descoberta, e Shotaro se mostra mais pervertido e depravado – o que ele faria com essas mulheres? Prefiro não imaginar por enquanto... Quanto à Kanae, não entendi sua atitude: ela não precisava fazer aquilo só porque “tirou o papel de outra pessoa”. Isso é normal no show business, e só serviu para que a relação das duas se estremecesse.

18 - 罪は天使のよう (O pecado é como um anjo)

Enfim, o tão esperado duelo entre Kyoko e Shotaro. Infelizmente, a garota não conseguiu se sair tão bem contracenando com ele. Agora estou esperando pelo momento em que ela vai ofuscar a imagem dele – porque até agora eu só pude ver uma atuação desesperada, e realmente não foi o certo, na minha opinião.

O episódio foi um pouco confuso, intercalando memórias com o presente sem diferenciar as cenas, e acabou misturando muitas informações devido a isso – foi bastante descuido da parte dos criadores. É importante que a progressão do animê continue acontecendo, mas tramas secundárias com mais de três episódios podem dar um aspecto enfadonho ao desenho.

19 - 最期の儀 (A Última Cerimônia)

O desenrolar da gravação foi intenso e, mais uma vez, demonstrou que Kyoko tem uma grande habilidade para entrar na personagem – mesmo que ela não saiba ao certo. Como as cenas se repetiram muito, não há tanto para ser dito, mas cada cena foi muito bem trabalhada. A “preocupação” inédita de Tsuruga Ren também deu vazão para novas especulações, já que, ao que parece, a Kyoko mexeu com ele lá no fundo. E sobre a relação dela com o Shou, espero que esse turbilhão de ódio passe e que ela consiga superá-lo através disso. Aliás, queria comentar que achei a conversa dos dois muito difícil de acontecer na realidade. Eles não conversariam daquela forma – e muito menos Kyoko puxaria conversa com ele depois de tudo o que aconteceu. Talvez essa tenha sido uma estratégia para mostrar que Kyoko está aos poucos substituindo os sentimentos sobre o Shou, mas não deixa de ser algo inverossímil naquela situação.

20 - 月の誘 (Convite da Lua)

Pode ser que a nova abertura e o novo encerramento sejam apenas coincidência, mas eles representaram muito bem o que parece ser uma nova fase do anime. Kyoko continua descontrolada com seus sentimentos, e não sabe ao certo como reagir em situações em que não estiver atuando, mas a verdadeira reviravolta será a respeito da imagem de Tsuruga Ren – achei impressionanete como, em um episódio, os sentimentos dele foram mais explorados do que nos outros dezenove! E, fora isso um novo conflito vem à tona: a aparente incapacidade de Ren em interpretar papéis românticos (exatamente devido à máscara que ele usa para se manter imaculado perante as vistas da opinião pública).

Como esse episódio girou em torno da busca de Kyoko por descobrir a origem da expressão furiosa de Tsuruga e tentar combater esse problema, não há muito o que se dizer. Fora a primeira demonstração fluida de amizade com a Kanae, nada foi muito além. De qualquer forma, foi um episódio muito bom.

21 - 資格を持つ (Aquele que merece ser)

Algo que achei interessante – por se mostrar diferente dos outros episódios – é a exploração a fundo de uma parte psicológica do Ren, e não da Kyoko (como aconteceu nos outros vinte episódios). Há o clichê básico, que são os desafios de interpretação que Kyoko se vê obrigada a enfrentar frequentemente, mas a maneira com a qual o desafio foi feito nesse episódio ficou muito boa.

Além disso, temos outra característica interessante: a abordagem do esquema comercial do mercado midiático japonês, porque é assim mesmo: pessoas preocupadas não só com a “arte” de interpretar, mas também nas repercussões financeiras que projetos na telona e na telinha podem trazer. E, além disso, a maneira com a qual os atores são explorados: pessoas mesquinhas, egoístas e preocupadas com dinheiro e mais dinheiro. Kyoko parece ser uma das únicas a destoar de um mercado completamente deturpado.

Quanto ao relacionamento de Kyoko e Ren, continuamos no chove-não-molha. Isso é bom em um shoujo, já que a maioria deles trata apenas de um casalzinho com dificuldades para ficar juntos. Dessa vez, a dificuldade é em sabermos se há a mínima possibilidade de ficarem juntos.

22 - 世界が壊れた (O dia em que o mundo despedaçou-se)

E a história vai ficando cada vez mais intensa amigos! Eu juro que esse episódio passou muito rápido para mim, estou maravilhado. Parece que cada minuto foi explorado com intensidade impressionante, e, enfim, o foco do anime voltou ao seu normal: Kyoko.

E, falando nisso, algo de que gostei muito, também, foi a beleza com a qual a personagem Mio foi explorada, mais do que em outras ocasiões em que ela tenta destrinchar personagens. Como eu imaginei, o sistema seria similar aos outros: ela é subestimada, faz parecer que tudo está perdido e depois se supera, surpreendendo a todos e fazendo uma aparição assustadora. Eu imaginei que fosse acontecer assim. E, falando nisso, outra coisa que imaginei que fosse acontecer: o diretor aceitar o papel, a protestos da tal atriz da mãe de Mio.

Bem, como já falei, achei o episódio super rápido, nem vi muitas coisas para serem comentadas (só faltou falar da parte em que Kyoko reflete ignorando a presença de Yashiro, o que me fez rir muito). De qualquer forma, a questão foi uma história curta em muito tempo, então não me culpo por não ter o que falar. Agora, uma coisa eu digo: a três episódios do fim do anime, não sinto que o enredo esteja se afunilando. Pelo menos ainda não.

23 - ひかれた引き (E o gatilho foi acionado)

Que bom, parece que o tratamento à personalidade de Tsuruga-Ren terá continuidade. Eu estranhei um pouco pelo fato de que, no último episódio, o anime pareceu ter esquecido o duelo interno do Ren com suas verdadeiras capacidades de atuação. O que fica um pouco malfeito, já que, ao que parece, o anime quer começar um sistema que intercala o personagem principal entre ele e a Kyoko, e talvez isso cause um certo espanto no público. É complicado dizer algo com certeza, só nos resta esperar os últimos dois episódios.

Agora, mudo minha concepção sobre a falta de um enredo finalizante. Na verdade, estou achando que esse é o enredo: a busca pela interpretação de Ren. Totalmente inesperado para mim.

As últimas considerações a fazer sobre esse episódio são sobre as personalidades da atriz que faz a mãe de Mio e o diretor Ogata. Ela, enfim, entendeu que Kyoko é competente, e Ogata se mostrou muito compreensivo com o Ren.

24 - そのコンタクトは許され (O Encontro Admissível)

É, pelo visto não tem outro jeito: o anime vai terminar com a busca de Ren por sua noção sobre o que é amor. E a Kyoko... Quanta ingenuidade. Será que ela mesma não percebeu ainda que está apaixonada por ele?

Queria ter mais tempo para falar isso, mas já estamos no penúltimo episódio e, infelizmente, notei uma falta de coesão no desenho: naturalmente, era para o anime explorar a caminhada de Kyoko junto ao estrelato, mostrando ao Shou que o que ele fez foi errado. Mas, pelo visto, tivemos uma reviravolta no caminho do enredo, e agora o Fuwa meio que desapareceu.

O que gostei mesmo no episódio 24 foi a volta de Bo. Completamente genial esse modo com que ela conseguiu ajudar o Ren naquela situação – mesmo que, às vezes, eu ache que ela tem um surtos de sabedoria muito inverossímeis.

25 - そして扉は開かれ (E então a porta se abre)

Não foi o que eu pensei para um fim de anime. Aliás, tem umas coisas que ficaram completamente vagas.

De certa forma, gostei do que a Kyoko falou no final. Realmente, a mudança de missão para ela foi bem explicitada – de vingança para amor à arte. Acho que o problema real foi, simplesmente, o fato de o anime ter acabado. Tenho a impressão de que aconteceu alguma coisa que fez o anime ser interrompido, porque acabou praticamente do nada, e deixou muita coisa vaga. MUITA coisa. Esse finale não foi um finale propriamente dito, porque não fecha nada do enredo, mas não posso dizer que não tenha ficado muito bem feito, porque ficou sim. Tudo bem que algumas pessoas parecem ter sumido (ou a Kanae é uma daquelas que apareceu no finalzinho? Acho que não a vi) do anime, mas os sentimentos ficaram legais. Pena que, com o final do desenho, muitas pessoas tenham ficado desapontadas pelo fato de que os sentimentos de Kyoko ainda não apareceram com força, e ela ainda não sabe a verdadeira identidade do Corn. Como eu já disse antes: não que isso interfira em algo.



Bom, então é isso. O que nos resta agora é esperar uma continuação. Há promessas de se fazer um dorama (novela com atores reais), então não há muito o que fazer além de aguardar. Ansiosamente, no anseio da continuação dessa obra tão bela.

Um comentário:

  1. agora só falta voltar na segunda temporada pra ficar mais que perfeito

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