8 de outubro de 2011

Need For Chat #2 - O podcast do NFF


Alô, NFFers!

Como prometido, segundo episódio no ar. Ficamos muito maischiques do episódio piloto para cá, e o podcast está recheado de novidades comosempre! E bem menor que o outro, para a felicidade de vocês.

4 de outubro de 2011

Merlin 4x01: Revival of the Witch (Parte I)



Depois do susto que a BBC deu em todo mundo, anunciando a quarta temporada só para 2012, aqui a temos! E como temos! a série volta mais madura, focada nos cavaleiros e no desenvolvimento de Arthur como futuro rei.

Supernatural: 7x01 & 7x02



Meet the New Boss (7x01)

Sim, a sexta temporada foi morna. Sim, Sera Gamble viajou na maionese algumas (várias) vezes, mas que todo mundo segurou a respiração até agora só para ver essa do novo deus, segurou, sim, que eu sei!

3 de outubro de 2011

Concurso NFF IV - Entrevista

Nesse bimestre estamos trazendo a entrevista da ganhadora do 2º lugar no Concurso NFF IV, referente aos meses de agosto e setembro. A escritora HannaH, emocionou com a fic "You could be happy'

Need For Fic: Qual foi a sua inspiração para essa fic?
Foi uma junção de coisas para dizer a verdade, primeiro foi o tema do Concurso, sou simplesmente fascinada por casais inusitados e para mim quanto mais impossível for o casal, melhor. Depois eu estava procurando músicas para me inspirar e acabei ouvindo a You Could Be Happy do Snow Patrol, que é uma das minha favoritas, mesmo que ela me deprima muito
Enfim eu coloquei ela para tocar e fiquei pensando...
Comecei a me distrair lendo algumas fics de Harry Potter e ao entrar na vibe Harry Potter do nada veio a idea para essa fic, como um clique, quase como se uma lampadinha tivesse se acendido em cima da minha cabeça, e como eu estava mesmo muito a fim de escrever uma fic Fred/Hermione desde quando eu terminei a minha fic Mal Sem Remédio essa fic foi simplesmente a junção do útil ao agradável e não tive outra opção além de escrevê-la.

Need For Fic: O que Harry Potter significa para você? E qual a sensação de uma fic desse fandom entrar no pódio?
Harry Potter é muito especial para mim em muitas maneiras, foi a série de livros que me 'apresentou' ao maravilhoso mundo da leitura,os primeiros dois livros da saga foram os livros que meu pai lia para mim antes de dormir (eu era pequetucha na época que lançou os primeiros livros, ok?), mas no momento que ele percebeu que eu já sabia ler sozinha aquele folgado parou de ler para mim
Talvez os livros que eu mais leio até hoje são os de HP, é simplesmente uma paixão que não dá para explicar e também foi graças a Harry Potter que eu conheci as fanfics, minha primeira fanfic foi de HP, a melhor personagem original que eu já criei na minha vida inteira foi para uma fic de HP.
Essa saga é a junção de todas as minhas paixões numa coisa só, e ver uma fic desse fandom no pódio é lindo. Não sei como descrever, mas chega a ser algo muito além de emocionante ver HP no pódio, chega ser até aquela coisa meio 'orgulho de mãe' estilo "Olha lá meu bebê tendo sucesso, que orgulho :emux:", é algo lindo demais.


Need For Fic: Qual fandom você nunca escreveu mas tem vontade de escrever?
Na verdade são tantos que eu nem sei por onde começar... No momento o fandom que eu nunca escrevi, mas tenho muita vontade de escrever é CSI:Miami, mas acho que de modo geral, o fandom do qual eu mais tenho vontade de escrever fanfics, mas nunca consegui escrever uma é sobre os livros da série "A Torre Negra" do Stephen King, talvez quando eu terminar de ler todos os sete livros eu consiga confiança suficiente para fazer uma fic desse fandom.

Need For Fic: Fale um pouco sobre a sua trajetória antes e depois do NFF.
Eu já escrevia muitas fics antes do NFF, mas era meio freelancer, postava minhas fics em quinhentos sites de fics e participava mais ativamente daqueles que eu tivesse mais leitores, mas minhas fics giravam basicamente em torno de animes (maioria de Naruto) e Harry Potter, nunca havia tentado sair da minha 'zona de conforto', me aventurava um pouco nas originais, mas era pouca coisa. Fiz um concurso de fics no Orkut que já está em sua terceira edição e graças a Deus está crescendo.
Conheci o Need por fic pelo twitter e decidi entrar, na época eu apanhei horrores para entender como tudo funcionava, especialmente porque nunca fui muito fã de fóruns, mas depois que eu aprendi como tudo funcionava eu vi como esse lugar era algo lindo.Conheci pessoas maravilhosas aqui, li fics tão incríveis nesse fórum que tem algumas que eu nem mesmo acredito que sejam reais de tão boas que são, parece tudo um sonho lindo demais para ser verdade, e o melhor de tudo é que é verdade. Quando entrei no NFF eu devia ter no máximo umas 35 fics, hoje tenho mais de 130 fics. Foi aqui no NFF que eu saí da minha zona de conforto e me aventurei por diferentes fandons, se não fosse por aqui eu jamais iria escrever tantas fics de tantos fandons diferentes. Acabei crescendo mais como ficwritter nos dois anos que participo deste fórum do que nos 4 anos antes deu entrar aqui.

Por fim, que mensagem gostaria de deixar para as pessoas do fórum?
Não faça perguntas difíceis!

Não sei o que dizer, nunca fui uma pessoa muito inspiradora para dizer a verdade, mas acho que uma coisa que aprendi muito todos estes anos é que se uma pessoa diz que uma coisa está errada ou ruim e te diz como melhorá-la, esta pessoa merece um abraço e um obrigado. Aceitar críticas ruins sempre é difícil, mas uma vez aceitas, você aprende com elas, aprende a fazer o necessário para nunca mais recebê-las. Algumas vezes o melhor a se fazer é mandar o orgulho catar coquinho na beira da estrada e ouvir o que o outro tem a dizer.
Er...
Acho que é só...

Concurso NFF IV: "Siren Song"

Título: SIREN SONG
Autor: FABINHO
Categorias: Concurso NFF IV/2011, Casais Inusitados; Slash M/M; Saga de Poseidon + Prólogo do Céu
Advertências: Nenhuma
Classificação: PG-13
Capítulos: one-shot
Completa: [x] Yes [ ] No
Resumo: O jovem Sorrento de Sirena recebe a visita de um anjo do céu enquanto toca sua música.
N/A: Tive a ideia para esta fanfic a partir do mito de Ulisses (tambem chamado Odisseu), que foi o primeiro homem a sobreviver ao canto das sereias. Em CdZ, os personagens Sorrento e Odisseu não têm QUALQUER ligação e, que eu saiba, ainda não fizeram nenhuma fanfic ou fanart dos dois juntos; por isso, aqui se tornaram um "casal inusitado".




Siren Song



Era setembro, final do verão na Campânia, e o vento fresco começava a dar sinais de um frio que se esperava para logo. As nuvens brancas, porém carregadas, recobriam o céu como uma manta de algodão, tão macio que dava até vontade de tocar, sobre o vasto mar cor de cobalto. Do outro lado, erguia-se o agora sereno Vesúvio, sinônimo de morte e de renascimento. O quadro natural levava qualquer um a um momento de introspecção e recolhimento.

Sozinho, no alto de um promontório, sobre elevados penhascos feridos por vagalhões espumosos, um jovem delicado tomou-se de inspiração e sacou a flauta, pô-la transversalmente ao rosto e encostou o lábio inferior no orifício do bocal, posicionando os dedos longos sobre as chaves do instrumento.

Soprou o ar sobre a embocadura, conseguindo um som longo e grave, aveludado como a própria natureza do musicista. Seu nome era Sorrento, o mesmo do lugar em que ora se encontrava, no sul da Itália. Fora educado nos melhores conservatórios de música clássica do mundo, em Viena, mas sempre tivera o desejo de conhecer a terra das mitológicas sereias, Sorrento, onde havia um templo antigo dedicado a elas, e que, se dizia, o herói Odisseu conseguiu a façanha de sobreviver ao irresistível canto dessas bruxas do mar.

Costumeiramente, o jovem Sorrento trajava sua armadura de escamas de oricalco, entre douradas e alaranjadas, que ele considerava a mais bonita dentre as dos generais-marinas, a tropa de elite do deus dos oceanos, Poseidon. Suas partes mais características eram o longo saio metálico que descia até os joelhos e, às costas, asas de penas compridas, como as autênticas sereias deviam ter. Bem diferente do que a maioria acredita, as sereias da Antiguidade não eram mulheres-peixes, mas mulheres-aves, também conhecidas como sirenas, emplumadas do busto para baixo, aladas, mas possuíam a cabeça e os braços humanos, necessários para cantar e tocar os instrumentos musicais que tanto amavam, e com os quais encantavam os marinheiros que viajavam desavisados por aqueles promontórios da Campânia. Presos ao som da música sedutora, caíam vítimas do “canto da sereia”, até arrebentarem suas embarcações nas pedras, quando então serviam de banquete para aquelas criaturas eternamente famintas de carne humana.

Histórias de uma época que não existe mais, pensava Sorrento, desejoso do retorno do idílico passado. Por esta razão se aliara às forças de Poseidon, que lhe prometeu o fim desse mundo sujo e depravado. Com sua música, Sorrento ajudaria o grande deus a purificar a humanidade, exterminando todos aqueles que não servissem aos propósitos de renovação da Terra, após um dilúvio universal como aquele de Deucalião e de Noé.

Era nisso que o jovem acreditava. Era isso que o seu coração puro mais queria.

Continuou a tocar seu instrumento. Os lábios logo se tornaram vermelhos com o esforço, que nele parecia não existir, contrastando enormemente com a pele muito clara e o cabelo de fios finos. Ah, se esse mundo lhe era tão belo aos olhos, imaginava como seria depois que fosse instalada nele a sua tão sonhada Utopia...

Num movimento dos dedos, um agudo potente e brilhante; mudam-se as chaves, graves de difícil emissão.

Sorrento era um virtuose da flauta e, não por menos, fora escolhido pelo deus dos mares para encarnar o espírito das sirenas, pois a música fala à alma, transcende o corpo e as emoções. Por meio dela, impérios foram eternizados. Por meio dela, o império dos deuses será uma realidade neste mundo.

De repente, seus olhos encarnados miraram de novo o céu, e, de entre as nuvens enroladas, uma figura planou, e algo como asas luminosas ajudavam-no a descer, abertas.

– Um anjo... – balbuciou Sorrento. Logo ele se animou ao distinguir quem era. – Odisseu! – Sim, ele o conhecia.

Poderia a música da flauta de Sorrento chegar até o céu e fazer um anjo descer à Terra somente para escutá-la?

Odisseu lhe sorriu ao pousar os pés no chão. As asas de luz desapareceram, mas o brilho cálido de sua armadura sagrada, a glória, permaneceu. Com um pedido sem palavras emitido pelos olhos, rogou para que o mortal não parasse, que continuasse com o concerto particular.

E Sorrento prosseguiu, para deleite do anjo e também para a sua própria satisfação pessoal.

Somente uma criatura celeste para apreciar a sua arte, sem o risco de morrer. Porque a música de Sorrento é assim, é a última coisa que você vai ouvir antes de deixar este mundo. Êxtase? Dor? Não... Somente a alma que não aceita mais permanecer aprisionada num invólucro de carne quando escuta o doce entoar do cosmos, chamando-a para a liberdade.

Odisseu permanecia em silêncio, prostrado de joelhos atrás do flautista, a cabeça baixa. Sorrento, o único ser sob as nuvens capaz de arrancá-lo do convívio dos deuses. O único a quem o orgulhoso semideus se permitia ouvir.

Quietude. O General-Marina de Sirena até chorou, emocionado por descobrir alguém que podia ouvi-lo e não abandoná-lo – com medo, com dor ou sem vida. Tirando o imperador Poseidon, Odisseu foi o primeiro. E o que pretende o Destino ao pôr no seu caminho alguém com o mesmo nome do herói que sobreviveu ao canto das sereias? Aliás, seria aquele anjo o próprio que um dia ousou deixar a Grécia e lutar em Troia, abandonando a mulher e o filho recém-nascido, para somente depois de vinte anos retornar? O que venceu Circe, os ciclopes e até Cila e Caríbdis, elevado aos céus pela graça de algum deus? Seria o mesmo Odisseu-Ulisses que agora retornava para encarar novamente a sirena e, ao contrário, deixar-se ceder aos encantos da feiticeira emplumada?

Tantas perguntas Sorrento tinha vontade de fazer... Mas agora não era o momento para elas. O anjo continuava ao seu lado, dócil, esperando para continuar ouvi-lo tocar.

Também se diz que uma sereia vive apenas até o momento em que alguém pode ouvi-las e sobrevive. Seria aquele o fim de Sorrento, então?

Que fosse! Não seria belo morrer num momento como aquele, quando o anjo o fez sentir, pela primeira vez, algo próximo ao... amor?

Não... Não era possível que aquele tenha sido o primeiro encontro da sirena com Odisseu...