Rizzoli & Isles: I'm Your Boogie Man (1x08)

Outro bom episódio. Me surpreendeu o fato de trazer Hoyt de volta. Pra quem não lembra, Hoyt foi o serial killer que infernizou a vida de Jane Rizzoli. Por duas vezes, diga-se de passagem.


Aquela primeia cena já foi perturbadora, mostrando um pesadelo da detetive, envolvendo Hoyt. E logo em seguida aparece um sinalizador na rua, aparentemente igual àquele com o qual Jane queimou o assassino no primeiro episódio.

Com a descoberta do que parecia mais um aprendiz, a vida de Jane vira de cabeça pra baixo mais uma vez. E é lindo ver como funciona o relacionamento dela com Maura. Esta toda preocupada, não querendo deixar a amiga sozinha, até ficando de tocaia a noite inteira no apartamento para que a outra pudesse ter pelo menos uma noite de sono. Uma parte engraçada nessa cena é Jane ensinando a médica a segurar uma arma.

Outra surpresa foi a volta do agente Dean. Se bem que já era de se esperar, já que este era responsável pelo caso de Hoyt lá no primeiro episódio. E ele aparece de visual novo: cabelo mais compridinho. A cada vez que o vejo parece outra pessoa. Mas voltando para a série, aquele clima entre ele e Jane que estava presente da última vez voltou com tudo. Sem mais brincadeirinhas e rejeições.

Achei meio engraçada a reação do Hoyt quando viu que não era Jane, e sim Maura, que estava na sala de interrogatório. Claro que ele estava esperando encontrá-la lá. Até soltou a frase "Sinto cheiro de lavanda e medo" que, se você tem uma boa memória, foi a que ele disse na primeira vez em que nós, telespectadores, vemos os dois se encontrando em See One. Do One. Teach One. O resto do interrogatório foi um pouco tenso. Perturbadora foi a parte em que ele diz que pretendia matar Jane psicologicamente antes de matá-la fisicamente. O que ele diz a Maura no final "Você é como eu." fez com que ela ficasse meio tristonha, e a levando à conclusão [após fazer alguma pesquisa sobre o passado dele] que no fim das contas eles são mesmo parecidos. Isso nos leva a uma cena muito fofa, digamos assim, entre ela e Jane. Além de sabermos sobre o passado de Maura, vimos o quão intenso é o relacionamento das duas. Vai além da amizade. Acho que poderíamos chamar de parceria; uma servindo de apoio a outra nos piores momentos.

O interrogatório no qual Jane aparece também é meio tenso. Porém, já esperava que Hoyt fosse dar aquela resposta quando ela pergunta o porquê de ter sido a "escolhida". Não sei se é porque já vi muita série policial com serial killers obsessivos ou se já imaginei estórias com serial killers obsessivos. Enfim, não teve o impacto que achei que teria.

O final me deixou um pouquinho decepcionada. Mas só um pouquinho. Saber que a nova namorada do Frank Jr. era quem todo mundo estava procurando me fez ter duas reações: a primeira foi espanto, porque a tal da Lola havia amordaçado Frank Jr., e agora Jane estava a mercê de suas vontades. A segunda me fez pausar o vídeo por um momento. O que notei foi que toda vez que aparece uma personagem que ninguém nunca tinha visto antes e que do nada passa a integrar o elenco secundário no episódio, é porque aí tem coisa. Talvez eu esteja generalizando, mas se você buscar em outras séries, é assim. A outra coisa que notei foi a tolice da cena. Não no sentido ruim, mas no sentido bobinho. Quando Rizzoli disse pra Lola continuar a fazer o jantar porque ela ia trocar de roupa, sabia que ia acontecer alguma coisa. É exatamente como naquelas cenas em garagem, onde vem o personagem falando algum assunto aleatório no celular [ou não], pega a chave do carro e desliga o celular. É óbvio que vai acontecer alguma coisa. Não que a cena tenha ficado ruim, longe disso. É só que fica algo previsível; tira toda a surpresa.

Pra terminar, a frase de Hoyt nos últimos segundos deixou claro que essa não será a última vez em que iremos vê-lo. Nem Jane. Realmente espero que não prolonguem muito isso. É sim um caso muito bom, mas chega uma hora em que ver a mesma coisa acontecer várias vezes faz com que perca a graça.