Parenthood: I Hear You, I See You (2x01)

Tudo começa com um problema de goteira no quarto da Sarah. Ela é acordada de manhã com gotas molhando seu livro e seu rosto. A partir daí, esse pequeno fato desencadeia uma montanha de reações que põem a família Braverman em cheque.

Começa com Zeek querendo consertar tudo sozinho e Adam tendo que ir até a casa dos pais para tentar botar juízo em sua cabeça. Ele sai de lá com um comentário de Sarah sobre um sapato com rastreador, que ele nem considerou como uma ideia séria no começo, mas pela qual seu chefe - que ficou no seu pé o episódio inteiro, querendo que Adam se provasse um bom funcionário - se apaixonou completamente.

Joel acaba sendo arrastado pro drama quando sua mulher pede que ele vá consertar o telhado do quarto de hóspedes, o que acaba sendo bom pra ele, pois desenvolveu seu relacionamento com dois dos Bravermans (Sarah e Zeek, a primeira por uma conversa que eles tiveram e o pedido de uma futura escrivaninha, e com o segundo por ele enfrentar de frente o chefe da família Braverman).

Além disso tudo, temos o drama com Jabbar, Jasmine e Nova York. Além de Jasmine desapontar Crosby, por não poder voltar para casa, ainda desapontou Max, que teve um surto sensacional de raiva, que me deixou extremamente impressionada com aquele garoto. E que resultou num momento fofo entre ele e Haddie, sua irmã.

Que, aliás, estava sofrendo ao aprender a dirigir com sua mãe neurótica, que tem uma mania de catástofre. Aquela mulher precisa de terapia, urgente! Nunca vi ninguém tão neurótica quanto ela.

Mas palmas mesmo pra falta de reação de Joel e Julia quando sua filha vem fazer a terrível pergunta de "onde vêm os bebês?" de uma forma tão engraçada, que até eu ficaria sem reação no lugar deles. O jeito com que Julia contornou isso sozinha foi muito bom para o crescimento da personagem. E serviu pra jogar mais um dilema na série.

Parenthood é uma série fantástica e intensa, que mostra como uma família é de verdade, com discussões calorosas, reações violentas e desabafos de tirar o ar dos pulmões. E tudo isso nós tivemos nessa volta maravilhosa, que eu não vejo como poderia ter sido melhor.

Os roteiristas arrumam diversos problemas familiares num único episódio, interligando-os de forma genial, e dando soluções e fechamentos perfeitos para todos eles. Mesmo que esses fechamentos demorem um pouco para acontecer. E, claro, ainda jogam uma pequena bomba para ser acendida nos próximos episódios, o que deixa a coisa toda melhor ainda.

Eu comecei a assistir Parenthood por ser a nova série da Lauren Graham, mas agora eu vejo para vivenciar os dramas da família Braverman e para sentir na pele aquele fogo todo que embala cada episódio.