25 de setembro de 2010

Kelly Rowland - Rose Colored Glasses (Clipe/Review)

Montagem com todos os looks da cantora. O clipe mais parece um ensaio fotográfico, mas não deixa de ter sua beleza por causa disso. 

Ficha do vídeo:
Música: Rose Colored Glasses
Artista: Kelly Rowland
Direção: Rankin
Gravadora: Universal Mowtown Records
Lançamento: 15/09/2010
Duração: 4:15 min
Vídeo Oficial:
 

Como primeira review de videoclipe aqui no blog, acho que é necessário explicar algumas coisas. Eu, ao avaliar os clipes, não irei tecer comentários ao áudio que não sejam pertinentes à sua relação com o trabalho visual. Isso aí já é crítica musical. A minha, nessa postagem, será audiovisual.

Para facilitar a visualização dos itens que vou explorar em minha resenha, colocarei os minutos:segundos do vídeo dos quais eu estarei falando.

O clipe da música Rose Colored Glasses, o mais novo single da cantora Kelly Rowland, acabou vazando na Internet antes da data prevista, e por isso sua estreia foi adiantada. Talvez uma última edição, um olhar final no trabalho... Teriam evitado alguns problemas sérios no vídeo.

No geral, ficou um belo clipe; porém, como já disseram, o vídeo mais pareceu um ensaio fotográfico – no total, Kelly apareceu com 12 looks diferentes! Somente um deles foi de uma cena interpretada – no restante do clipe, ela apenas canta para a câmera.

O que pude interpretar é que o “eu-lírico” está desabafando no clipe, como se mandasse uma mensagem ao seu parceiro, enquanto algumas cenas de uma briga vão intercalando as outras.

O clipe se fundamenta em uma progressão emocional – em alguns momentos, há tristeza; em outros, revolta. A cada final de refrão, surgem novos looks e novos efeitos de cenário – que, por sinal, são bastante simples, mas deram um tom interessante: papel picado, fumaça e chuva cenográfica.

Pontos fortes:
- As cenas da briga, em geral. Muito bem interpretada por Kelly e pelo ator, e ficaram bem realistas;
- Os takes de rosto com iluminação azul. O efeito de ventilação no cabelo deu uma bela sequência, dando a impressão de que a imagem estava se distorcendo;
- 2:16 – A cena da chuva, sem alcançá-la, ficou bem-feita;
- 2:28 – Muito legal essa girada que ela deu;
- 3:15/3:20 – Essa “reviravolta” que a personagem parece ter dado em seus próprios sentimentos – inclusive o inesperado golpe no vidro – deu um tom bastante dramático à cena. O take das borboletas também ficou fantástico;
- 3:57/Final – As últimas cenas foram muito boas. O rosto triste, e ao mesmo tempo forte da moça nas cenas no quarto, e a cena com iluminação em azul (a lágrima e o destaque no protuberante lábio inferior) terminaram o clipe divinamente.

Pontos fracos:
- Ela coloca as mãos na frente do rosto muitas vezes. Os movimentos que ela faz não ficam muito bonitos;
- Não gostei de nenhum dos takes com aquelas fitas vermelhas voando. Elas bateram muitas vezes no rosto dela;
- 01:03 – Em alguns momentos, pensei que fosse um travesti nessa roupa. Não tenho preconceitos, mas eu diria o mesmo se visse o clipe de um homem parecendo mulher sem querer. Só quis dizer que a maquiagem não a favoreceu;
- 02:56 – Aposto que não era para essa fita ficar presa nas mãos dela;
- 03:13 – Talvez poucos tenham percebido, mas o mamilo esquerdo dela está parcialmente à mostra. Parece que a roupa começou a ceder por causa da água da chuva, e acabou causando isso. As cenas seguem, voltando no 03:23 e no 03:44;
- 03:37 – Não ficou nem um pouco romântica essa cena em que ela aponta para os próprios olhos. Deu a entender que ela demonstrou a parte da música que cantava (when you’re looking through – quando você olha através), mas não causou um bom efeito visual.

Espero ter sido imparcial em todas as passagens dessa crítica. Gostei muito da música – certamente está entre minhas preferidas – e estou ansioso pela versão 3D que o diretor do clipe, Rankin, prometeu para esse single.

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