Como vem acontecendo ultimamente, o mesmo clipe ganha mais de uma versão. Primeiro com as girlbands coreanas, agora com as cantoras de Pop americano. E isso é até legal, porque mostra interpretações diferentes do ritmo da música. A ideia inicial era avaliar esse clipe de modo unilateral, mas, ao ver o anterior, resolvi comparar os dois em alguns pontos.
Ficha do vídeo:
Música: Take It Off
Artista: Ke$ha
Direção: Ke$ha
Gravadora: Clipe Não-Oficial
Lançamento: 07/10/2010
Duração: 3:44 min
Vídeo Oficial:
Ao contrário da versão “diurna” do clipe, esse foi certamente mais sombrio e bizarro. Mesmo que tenha mantido as cores e os efeitos especiais não muito bons, a versão “Friends” me agradou mais, pois trouxe um pouco da letra da música (não literalmente) nas cenas da festa. E a própria transfiguração dos dançarinos e da cantora foi boa, pois remeteu ao conceito original do álbum.
Como a própria cantora diz, o vídeo remete a uma onda mais Anos 80, onde o gótico e o freak imperavam. O “duelo” com o DJ Jeffree Star, que interpreta um rival de Kesha no clipe, foi do engraçado ao “uau”, já que desde o início a proposta do clipe era mostrar um clipe de cenas trash. Mesmo assim, acho que ela deveria diminuir os efeitos especiais nos clipes.
Nos dois clipes, notam-se semelhanças com trabalhos da cantora Shakira – não muito evidentes, mas presentes. Na versão original, em que ela dança sozinha em meio a um deserto cenográfico, lembra cenas do clipe Wherever, Whenever. Na versão “dark”, o desfile da “onça” traz à tona a metamorfização em animal que ocorreu no clipe “She Wolf”: os mesmos elementos: pista de dança, pessoas enlouquecidas e uma mulher andando por aí na pele de um predador.
Pontos fortes:
Os figurinos. Todos ficaram bem-feitos, e a soma deles formou um quadro de pluralidade.
0:06 – O brilho gradativo nos olhos do animal ficou muito bom;
0:23 – Enfim, o símbolo dela (o cifrão) aparece em destaque;
2:31 – As cenas do cálice foram um desfecho ótimo para o clipe, consolidando o aspecto sombrio.
Pontos fracos:
As primeiras caretas de animal. A computação gráfica não ficou das melhores, e poderia ter sido melhor trabalhada.
2:16 – Achei a luta muito pastelão. Acho que excluiria essa cena do clipe, se eu o tivesse dirigido;
3:33 – Não achei o final muito inovador ou surpreendente. A CG poderia ficar melhor também. Lógico que não dá pra cobrar uma atuação boa de um animal, mas um pouco mais de leveza na hora de sair seria ótimo para o término do clipe.
Como clipe não-oficial, não seria possível cobrar muito. Mas estamos falando de uma artista badalada, e isso implica um maior cuidado na divulgação de material.
Mas, de qualquer forma, esse foi mais um bom clipe em geral... Não acho que vá interferir na carreira dela.
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