10 de outubro de 2010
Criminal Minds: JJ (6x02) e Rememberance of Things Past (6x03)
JJ (6x02)
Uma garota está desaparecida e os suspeitos, confinados na delegacia de polícia. A equipe do BAU vai até lá para tentar arrancar uma confissão e uma possível localização da garota. Cada membro da equipe joga com o psicológico dos dois suspeitos de forma brilhante, e acabam retirando as peças que eles precisavam para achar a garota que, felizmente, ainda estava viva, agarrada a uma boia no meio do mar.
O caso foi intenso e a atmosfera pesada serviu como uma distração para o segundo - e principal - problema do episódio: Strauss estava para demitir JJ. A loira recebeu uma proposta irrecusável do Pentágono e foi forçada a sair da equipe. Então, durante uns trinta minutos de episódio, eles focaram inteiramente no caso, tirando um pouco do peso da partida.
A cena final, em que vemos JJ assinando os papeis e se despedindo de todos foi muito emocionante, especialmente depois de ver a importância dela na equipe de análise. Hotch dizendo o quanto sentiria sua falta, com os olhos cheios d'água me fez tremer nas bases. O homem-parede, que quase nunca deixa as emoções transparecerem, estava praticamente à beira das lágrimas.
Reid parecia uma criança, repetindo que eles não poderiam tirá-la da equipe, e isso acabou comigo. Mas a melhor parte foi a conversa com a Garcia. Não só por ter sido emocionante pra caramba, mas também por toda a crítica velada que a equipe de Criminal Minds fez aos executivos do canal CBS. Quem não enxergou isso quando a Garcia começou a dizer que eles só funcionavam porque eram uma família? Ou então a crítica ao machismo do canal, em manter apenas os homens da equipe? Ou mesmo o relatório da JJ no final?
Criminal Minds perdeu um dos personagens mais importantes da equipe. Como Garcia disse, JJ era a cola que os deixavam mais esperançosos e seguros. Era a mulher a quem recorriam quando tudo parecia pesado demais para suportar. O desfalque nessa família será sentido por muito tempo ainda, mas nós só podemos torcer e esperar que eles a tragam de volta, eventualmente.
"JJ" foi um ótimo episódio e uma despedida incrível. Ninguém nunca poderá esquecer essa loira gentil e adorável, que diminuía a dor dos crimes aos quais essa equipe é cercada todos os dias.
Rememberance of Things Past (6x03)
Qual o melhor jeito de tentar nos fazer esquecer da dura despedida do episódio passado? Resposta: focar o atual em um personagem.
O centro das atenções aqui foi Rossi, tanto que o episódio já começa com ele em sua casa, entre um bloqueio e uma reforma. Um dos casos antigos com o qual ele trabalhou volta à tona quando eles encontram dois corpos com o mesmo MO. O açougueiro, como o criminoso ficou conhecido, agora com uns 70 anos de idade, volta a aterrorizar com a ajuda de seu filho.
Foi um bom episódio, típico de meio de temporada. Nada muito extraordinário, mas nada muito sem sal. Fico feliz que mais um dos casos de Rossi tenha se resolvido, mas eu não consegui tirar da cabeça que a JJ devia estar entregando as pastas do caso para eles. Era ela quem deveria falar com as famílias. Mas enfim...
Depois de todos esses anos de abuso e matança forçada, saber que ajudou o pai a matar sua própria mãe acabou com o cara. E eu fiquei com um pouco de dó. Por mais errado que ele estivesse, foi a criação dele que o fez raptar as mulheres, e o fato de pensar que sua mãe o abandonara não ajudou muito.
Esse seriado é muito bom mesmo. Eles pintam os criminosos com cores tão reais e humanas, que eu me pego ficando com dó deles muitas vezes. Me diz se isso não é motivo suficiente pra assistir Criminal Minds religiosamente?
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