5 de julho de 2011

Concurso NFF III: "Terrified"

Título: Terrified
Autor: Wateru
Beta-reader: Marcia Litman
Categoria: Concurso NFF III/2011, Encontros&Desencontros / Trabalho&Talento, Pós-1ª temporada, What If, Songfic, Clipfic
Advertências: Nenhuma
Classificação: PG
Capítulos: 01 (One-shot)
Completa: [X] Yes [ ] No
Resumo: A despedida, as circunstâncias ou o tempo... Nada seria suficiente para destruir o que havia entre os dois.
Tema (s) utilizado (s): Encontros&Desencontros
Itens utilizados:
“Um dia desses, num desses encontros casuais / Talvez a gente se encontre, talvez a gente encontre explicação” (Engenheiros do Hawaii)
“O trem que chega é o mesmo trem da partida, a hora do encontro é também despedida / A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar” (Milton Nascimento)
Música: Terrified – Katharine McPhee feat. Zachary Levi
Notas:
~ Pois é, até que enfim eu voltei a participar do Concurso – e até que enfim eu fiz a fic que tinha prometido pra Marcia – luv, espero que goste :ddd: - e que também ofereço às outras pessoas que viciaram e me viciaram nessa música (namely, Naty e Leds, mas só as que eu sei).
~ Sabe aquela fic parto? Fica nove meses planejando, e na hora de sair é a maior dificuldade, tem que parar no meio do parto, ajeitar, fazer respiração cachorrinho até sair tudo. É horrível. :surto:Mas, enfim, fiz a tempo :surto:
~ Ok, tenho consciência de que sou louco, me deixem :tomva: fazer Clipfic, Songfic e What If, e ainda com duas frases-tema :tomva: acho que foi por isso que ficou grande :B
~ Oks, pequena curiosidade: fiquei louco procurando o local onde o clipe foi feito, e não achava em lugar nenhum. E, realmente, não tem em lugar nenhum até onde eu sei. Daí eu fui no Youtube, abri o vídeo na maior resolução possível e fui procurar algumas pistas que ajudassem a localizar o cenário. Bem, a partir de um (N) na placa e da logo “enterprise” logo abaixo do vídeo, bem no comecinho, descobri que a locação do clipe é em Chandler, no Arizona. Por isso a citação de Arizona na fic =)
~ No meio da fic, tem um trecho de diálogo presente no episódio 2x17 – A Night Of Neglect.
~ As frases-tema e trechos da música Terrified estão implícitos durante a fanfic, bem como as descrições de algumas cenas, pensamentos e falas;
~ Optei por não expressar as frases-tema diretamente. Mas elas estão por toda a fic, claro.

Will Schuester estava de volta aos corredores do McKinley após o longo recesso de verão de 2010. As semanas de inatividade docente, entrecortadas apenas por uma breve reunião de replanejamento didático, arrastaram-se para Will como se o tempo estivesse com preguiça de cumprir sua meta diária em apenas vinte e quatro horas.

Emma. Ele começou a sentir falta dela logo depois da última conversa entre os dois, e o período de férias afastou ainda mais o momento crucial do reencontro. Ela não havia aparecido na reunião – o que causou estranhamento em Will, visto que mesmo no cargo de Conselheira Escolar ela nunca havia faltado às programações –, e a ausência de motivos para visitar o colégio na esperança de encontrá-la durante a pausa letiva havia tornado o dia-a-dia menos suportável ainda.

No entanto, o que o separava da presença de Emma naquele momento era apenas a distância de onde ele estava à sala dela. Sua saudade era maior do que as circunstâncias, e a necessidade de reencontrá-la falou mais alto que seu senso de segurança emocional. Um sorriso estava pronto em sua alma, esperando o momento certo para ser exibido acompanhando todo o brilho que seus olhos pudessem assumir.

Os passos se fizeram mais velozes, e a porta de vidro emoldurava a imagem de Emma à medida que Will se aproximava da sala. Ainda de longe, ela parecia estar compenetrada em sua costumeira reorganização pós-férias. Gestos cuidadosos manipulavam a posição de objetos sobre a mesa, que aparentemente eram depositados em uma caixa para darem lugar a outros. Ao se aproximar mais, entretanto, Will pôde ter uma visão mais real do que acontecia: a sala desnuda de enfeites e papéis não parecia palco de uma reorganização de coisas.

Com os nós dos dedos da mão direita, Will bateu no vidro com uma intensidade crescente que não surpreendesse a ruiva posicionada de costas para a porta. O rosto de Emma entrou instantaneamente no campo de visão do professor, mais rápido do que ele supunha como normal. Seu sorriso, enfim, veio à tona. Oficialmente o jejum fora quebrado, e isso simbolizava muito para ele.

Algo que ele não esperava fez sua empolgação desvanecer do semblante: Emma ficou repentinamente apreensiva, com tensão visível no rosto, e nem seu rápido sorriso de sinalização positiva o tranquilizou. Ela fez um gesto pedindo que ele entrasse, e sem perda de tempo ele abriu a porta.

- Emma! – suspirou alegre, porém surpreso. O que havia pensado em perguntar em seguida acabou saindo apenas pelo olhar, e Emma demonstrou certo desconforto.

- Will! – ela mostrou excitação na voz, de modo que ninguém poderia distinguir se estava pasma ou com saudades. – É... Eu... – olhou em volta, fitando as prateleiras – Eu ia mesmo falar com você... – disse, justificando-se pela visão incomum que involuntariamente propiciara ao colega de trabalho.

- Está tudo bem? – A surpresa em sua voz transformou-se em preocupação. Passaram por sua cabeça várias cenas confusas representando situações que poderiam ser as responsáveis por aquilo – e várias delas envolviam a figura do atual relacionamento de Emma, o dentista Carl.

- É que... Eu e Carl nos casamos nessas férias e...

- Vocês já... - ele iniciou por impulso, mas Emma não permitiu a interrupção e elevou o tom de voz para continuar.

- ...E eu vou com ele para... – retomando a fala, voltou ao tom e à velocidade normais - ...Eu vou me mudar para o Arizona.

Will contorceu o rosto em descrédito, mas o olhar de Emma foi suficiente para tirar-lhe todas as dúvidas de que aquilo era real. Não havia mais necessidade de perguntar o motivo do encaixotamento dos pertences ou da ausência à reunião.

- Eu realmente amo o Carl, Will, acho que é a coisa certa a se... – ela dizia como se devesse explicações a ele, como uma obrigação moral que a impelia a se desculpar por tudo.

- Eu só não acho justo, Emma – Will falou com um início de nervosismo na voz, gesticulando com uma das mãos – Vocês mal se conheceram, ele entrou na sua vida assim, do nada, e vocês já estão...

- Eu estou segura a respeito disso, Will – ela o cortou novamente, mais pelo motivo de não desejar ouvir aquelas palavras que faziam tanto sentido – acho que estou na hora em que não se deve esperar mais, e você sabe que...

- Que eu não te dou essa segurança que ele dá, eu sei – Will retrucou, arrependendo-se instantaneamente de sua rudeza.

- Na verdade, eu... Ia falar do quanto ele está me ajudando a melhorar – ela olhou para baixo e, em seguida, ergueu um semblante altivo e confiante, como se Will não a abalasse com suas palavras passionais.

- Olha, Em, eu sei que o que eu andei fazendo... Bem, o que eu fiz... Não me dá direito algum de pedir... De esperar uma nova chance com você, mas... Isso que você...

Por mais que estivesse transtornado, Will não conseguia culpá-la. Ele tentou reformular a última frase com alguns balbucios tolos, e ao ver a tristeza personificada no rosto de Emma, suas mãos foram à cabeça – e o rosto fitou o teto por alguns instantes.

- Eu só queria que... – finalmente, lágrimas foram ao rosto, mal construídas pela rapidez das informações – Eu queria poder lutar por você, ter a oportunidade de te reconquistar, mas... Deus, o que eu fiz?

- É o certo a se fazer, Will – Emma repetiu, lançando uma expressão reconfortante e um olhar que tentava dar-lhe esperanças. Era como se ela mantivesse a oportunidade aberta caso o destino assim permitisse, mas era algo que ela não podia expressar com palavras naquela ocasião.

Will desejava falar tudo o que sentia no momento. Diria, se tivesse forças, que tentaria lidar com a partida, que não lhe imploraria para ficar por não achar que fosse a coisa certa a se pedir, mas que suplicaria a todo o universo que ele conspirasse para que os dois ainda tivessem seus destinos ligados em algum ponto do futuro. Ele não conseguia imaginar que toda a história deles pudesse acabar ali.

- Eu... Entendo – ele tentou segurar as lágrimas, enquanto buscava forças para encará-la. Emma se aproximou dele, tencionando abraçá-lo, e o encontrou sem relutâncias. – Eu te amo, Emma. E sempre vou amar – ele se aconchegou sobre o ombro dela, deixando que as lágrimas fluíssem mais intensamente. Will não podia deixar de reparar na ironia daquele momento, em que, no ponto mais extremo da situação, era Emma quem estava agindo com segurança e o ajudando a se reconfortar. O que para ele, no entanto, era um abraço de consolo... Para ela era um abraço de despedida.

terrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrified

O outono de 2012 havia começado severo. Provavelmente, os primeiros dias de aula em Lima não seriam movimentados como nos outros anos, visto que o frio e os fortes ventos matinais não eram algo com o qual a população estivesse acostumada. Emma sentia como se Ohio não estivesse muito empolgada em recebê-la de volta à cidade, e, como punição, havia preparado aquela recepção fria e silenciosa.

O caminho até a estação de metrô foi vazio de tudo: de pessoas, de sons, de esperanças... Voltar a Lima depois de tanto tempo e se deparar com uma paisagem que refletia tão bem seu estado de espírito era algo perturbador. Uma pessoa, talvez duas, foi tudo o que ela conseguiu captar de vida em movimento após sair de uma reunião com o diretor Figgins no McKinley High.

Como ela, o centro da cidade estava frio e impregnado de solidão. E, por mais que pensasse ser aquele o seu lugar, nada mais parecia com o que era antes, e o que ainda estava igual, de certa forma, havia perdido significado para ela.

Will, enquanto subia as escadas rolantes que davam acesso à rua, analisou os últimos dois anos e suas escolhas durante esse tempo. Parecia que, após lutar tanto, ele simplesmente entendeu que não estava destinado a seguir os caminhos que, enfim, acabara de abandonar. Iria reescrever suas expectativas, buscando o que se mostrasse mais acessível à sua realidade antiga – sonhos menores, com menos emoções e mais realismo.

Mas Lima parecia estar alheia a tudo. Pela parca movimentação do metrô, ele imaginava o que poderia ser responsável pela reclusão das famílias em suas casas. Ele era o único que subia naquela extensa fila de escadas rolantes, e, no máximo, umas duas pessoas desciam rumo à estação metroviária. Dentre elas, uma lhe chamou a atenção.

Will não sabia por quê, mas havia se dado a observar a figura de alguém bastante agasalhado e com a face coberta por um par de óculos escuros. De longe, ele não conseguiu distinguir muito mais do que uma estrutura corporal delgada e longos cabelos de uma cor que lhe parecia bastante familiar.

Apenas quando o rosto se virou para ele, uma possibilidade surgiu em sua mente.

Não, ele tinha certeza. Era ela. Ele pôde sentir quando algo acendeu dentro de si.

Emma descia sem discernir nada além das formas embaçadas no piso e o que parecia ser um homem fazendo o caminho inverso ao longe. O ardor nos olhos e os óculos escuros inapropriados tornavam perigosa até mesmo a descida na escada rolante. Considerando que não parecia haver ninguém ali, ela não achou que seria necessário disfarçar o próprio semblante com as incômodas lentes negras.

Observando a estação claramente, ela se impressionava com a calmaria e o ar lúgubre do ambiente. Mas, ao mesmo tempo, agradeceu por tudo estar assim.

Depois de ter experimentado os sentimentos ferverem dentro de si, borbulhando para fora em forma de lágrimas, o que ela mais desejava era a calma absoluta. A estação vazia parecia estar em sintonia com seu coração. Era impressionante como sua vida era tão bem representada por aquele local: os trens iam e vinham sem receber nenhum passageiro, e no máximo paravam para que alguém descesse e saísse. Para Emma, o último a deixá-la havia sido Carl, pois, seguramente, as portas nunca se abririam para receber mais ninguém – esse parecia ser o método mais rápido de evitar que alguém aparecesse em sua vida para depois abandoná-la.

Como os guichês de compra de passagem aos que ela havia acabado de ir, seus sentimentos mais frágeis estavam resguardados por uma proteção contra investidas, e o barulho de movimento dos trens era único como as batidas do seu coração, que ditavam toda a orquestra de seu corpo, aparentemente livre do burburinho das emoções e paixões idiotas que atrapalhavam a harmonia de sua alma.

Emma depositou o ticket na máquina e atravessou a catraca, procurando pela indicação do trem que a levaria à rua do hotel em que estava hospedada. Atenta às indicações e setas, Emma nem notou o barulho de outra catraca girando atrás de si.

Ao avistar o painel com a indicação do trem, ela se dirigiu às proximidades da área de embarque. Até o momento, ainda não havia visto nenhum outro passageiro na estação.

Veio-lhe à mente uma ideia desenvolvida durante dias em intervalos de choro e reflexões sobre o passado. Talvez, como pensava ela, algo a havia feito incompatível com o restante da humanidade. Emma chegou a se imaginar como um ser criado à margem das relações, destinado a ficar sozinho com suas estranhezas. E foi pensando assim que ela decidiu por um fim à sofrida luta travada com o próprio coração. Após a última perda, na qual suas esperanças haviam se esvaído por completo, ela optou por permanecer sozinha até o fim de sua vida – e estava resoluta que não iria permitir que ninguém se aproximasse de sua vida novamente.

- Emma? – uma voz comedida em euforia ressoou atrás dela. Ela praguejou em pensamento pela possibilidade de um antigo conhecido interromper aquele momento tão delicado para ela.

O sentimento que a dominou ao virar-se, no entanto, foi o de que ela seria salva.

- W-Will? – o nome saiu dificilmente. O frio e a garganta despreparada para emitir quaisquer sons inteligíveis associaram-se à surpresa esfuziante e se traduziram em uma série de fatos atropelados. Emma deu um sorriso largo, contrastando com os olhos inchados de tristeza, e Will retribuiu com o puro deleite de reencontrar alguém de quem sentia falta há tanto tempo. Emma iniciou um salto para abraçá-lo, mas algo a fez parar antes que chegasse a alcançá-lo; talvez o receio de que algo estivesse mudado. Logo, a hesitação se desfez e ela o abraçou.

- Nossa, Em, quanto tempo – ele ria de prazer em estar comprovando algo tão improvável como encontrá-la em Lima novamente. Soltando-se do longo abraço, fitou o rosto que há muito não via. Foi o suficiente para que as coisas do passado viessem à tona novamente. – Como você está... – os olhos alegres e infantis passaram a admirá-la de modo sério – Linda. Mas... Está tudo bem com você? Você parece que estava chorando...

- Obrigada – a atmosfera ingênua e descomprometida deu lugar a um comportamento sóbrio e real sobre o que os dois estavam sentindo. Emma se deu conta de que tudo o que pensara durante os últimos minutos havia ficado repentinamente instável após o encontro com Will. – Mas estou bem, acho que esses óculos são de, hm... Má qualidade, deve ser isso...

Parecia que, por mais que ela estivesse decidida em desistir de tudo, as portas sempre se abriam para ele.

- Eu, hm... Pensei que não veria mais você – ela disse com certo alívio por ter errado tal previsão – Figgins me disse que você se mudou para Nova Iorque. – Emma olhou para baixo, mas retomou a postura com um sorriso.

- Tanta coisa aconteceu, Em... – confessou, enlevado. O silêncio se fez entre os dois, permeando a nostalgia que ambos sentiam no íntimo. E, antes que o vazio ficasse desconfortável, Will retornou – Mas... Então, você foi falar com o Figgins? Eu estava indo para lá agora mesmo...

Emma acenava com a cabeça, ainda eufórica pelo reencontro inesperado dos dois.

- Mas aí eu vi você na escada rolante e... Nossa... – ele não sabia o que dizer. Após dois anos de completo afastamento, Will achou necessário policiar cada palavra. Ele ainda não tinha noção de nada do que havia acontecido com ela durante todo esse tempo, e não estava disposto a descobrir através do método de tentativa e erro.

- É... Hm, e você... Não vai mais? – disse incerta, procurando medir as ações de Will. – Quer dizer, você falou que estava...

- Não, não, eu... – ele sorriu abobalhado, para perceber quase tarde demais que estava entregando tudo sem ao menos tê-la sondado – Acho que já está meio tarde, e... – olhou para os lados como se procurasse as próximas palavras – Você tem algum lugar para comer hoje à noite?

- Hm... Na verdade não – falou, demonstrando que ainda não havia pensado na questão. – Talvez eu coma alguma coisa no hotel, mesmo.

Aos poucos, Schuester ia absorvendo as informações que Emma lançava, para tentar entender melhor o solo onde estava pisando. Will agradecia por tudo ter ido tranquilamente até ali.

- Ah, você está em um hotel?

- É... Estou no Elysian, pelo menos por enquanto.

- Bom, duas estações antes, tem o Breadstix. Lá é bem... Limpo. – Will tentava convencê-la, mas seus olhos relutavam durante a reflexão a respeito do convite que recebera indiretamente. – Esquece. Você tem o caminho todo para pensar.

terrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrified

Enquanto o trem não aparecia, a conversa entre eles ia fluindo aos poucos. Logo, estavam cientes de que ambos haviam chegado à cidade no dia anterior e tido a mesma ideia de tentar retomar o emprego no McKinley antes do vencimento da licença não-remunerada. Will contou de sua experiência na Broadway, para onde se mudou após ter levado seus alunos do Glee ao primeiro lugar no campeonato nacional de 2011.

O trem chegou, e Emma estava tão envolvida pelo carisma de Will que não se recordou dos rituais de limpeza que sempre fazia em locais públicos, e se sentou no banco, despreocupada. Ele se abria, contando as situações que havia enfrentado com o Glee club até o campeonato nacional, as idas e vindas da amizade com a treinadora Sue, a aventura alcoólica que tivera com Beiste... Emma parecia se projetar para o passado, experimentando aqueles momentos novos que lhe eram contados e rindo de uma nostalgia que ela construía naquele momento.

Em dado momento, a conversa foi interrompida pelo aviso da estação em que Will desceria.

- E então, vai aceitar meu convite? – ele sorriu para ela, estendendo a mão enquanto se levantava.

O trem parou, e assim parecia acontecer também com seu coração. Era a oferta para uma valsa, a mão estendida para erguer um caído, a oferta de sentimentos a uma alma estraçalhada, tudo naquele singelo convite para um lanche no Breadstix.

Os lábios rosados se converteram em um terno sorriso, que sob a luz dava ainda mais realce ao rosto alvo e aos longos cabelos vermelhos. A imagem perfeita de Emma sorrindo fez Will se lembrar do porquê de ter se apaixonado por ela, e de como ela era capaz de fazê-lo desejar sempre a mesma pessoa, a única que parecia valer apena em um mundo cheio de erros.

E, quando ela se segurou em sua mão, olhando no fundo de seus olhos, e se ergueu, a mágica se completou. Will sabia que estava disposto a lutar por tudo o que tinha perdido em Lima.

- Eu, hm... Posso pedir umas frutas. – disse, tentando convencer a si mesma de que enfrentar o Breadstix valeria a pena pela companhia.

Já havia anoitecido. No curto caminho da estação ao restaurante, Emma contou sobre o tratamento anti-TOC que iniciara há um ano e meio, e de como se sentia melhor após ter se convencido a procurar ajuda profissional.

- Boa noite, bem-vindos ao Breadstix – a garçonete os recepcionou na entrada – Todas as mesas estão ocupadas; vocês poderiam aguardar um pouquinho? Temos bancos ali, e se vocês quiserem já podem fazer o pedido; eu deixo uma senha com vocês e chamo pra entrarem quando surgir uma mesa vaga, tudo bem?

Will conferiu a expressão de Emma, que retribuiu o olhar com um aceno afirmativo.

- Tudo bem, pode ser. – concordou, direcionando Emma para um banco próximo.

Após terem escolhido uma das poucas opções aceitas por Emma no menu, eles se despediram da garçonete e voltaram a trocar experiências vividas nos últimos dois anos. Will discorreu sobre as polêmicas de que foi alvo por culpa das atitudes questionáveis da colega de palco April Rhodes. Confessou todas as reflexões a respeito do futuro e dos sonhos que considerava alcançáveis. Em alguns momentos, ambos riam; em outros, a condolência pela situação do professor era suficiente para fazê-la abaixar a cabeça em reverência ao desabafo.

- E, bom... – ele concluiu, com uma risada de alívio – É por isso que resolvi voltar e tentar a vida novamente como professor aqui em Lima.

A pausa de Will se fez clara. Emma, de início, limitou-se a soltar um “hm, certo” – mas depois de toda aquela entrega por parte dele, ela sabia que só havia um rumo para a conversa.

- Com licença – a garçonete se aproximou – já temos uma mesa.

- Obrigado – Will se levantou. Emma olhava para as mãos sobre o colo. – Vamos?

- Hm... Ah, sim – ela respondeu, ainda incerta, e com surpresa na voz.

Os dois entraram no restaurante lotado, fazendo um caminho tortuoso de mesas e cadeiras até o local que a garçonete indicou. Emma se sentou no assento acolchoado que acabara de ser limpo, e sentiu o forte cheiro do álcool. O vidro da mesa trazia um rastro de pano úmido, que, para ela, precisava ser exterminado.

Will comentava alguma coisa sobre o local e o sabor inesquecível da comida enquanto Emma sacava um spray esterilizador da bolsa e um pacote de lenços. Ao passo que Schuester dizia algo, Emma confirmava com a cabeça, sem tirar os olhos da mancha. Ela umedeceu o lenço com o líquido e se pôs a esfregar. Will continuou falando aleatoriamente até notar o som da fricção no vidro, e notar o que estava acontecendo.

- Você está bem? – perguntou, preocupado.

- Sim. – ela disse, ainda fixa na tarefa – estarei quando essa mesa estiver bem limpa.

Will refletiu, pensando na melhor forma de falar.

- Ouvi que os sintomas do TOC ficam piores quando a pessoa se sente pressionada.

Emma pausou a limpeza ao perceber o que estava fazendo. A sigla veio à sua mente, e ela caiu em si. Estava à frente de um grande amigo que não via há anos, e que havia contado tudo sobre sua vida a ela. E ele estava ali, naquele momento, esperando que ela também fosse sincera.

- Carl se foi. – Emma voltou a encará-lo, e observou uma face atônita. – Ele pediu uma anulação (sobre a qual eu creio que ele tenha plenos direitos, considerando que nós não consumamos o casamento).

- Vocês nunca... – Will não se imaginou perguntando outra coisa, mas não teve coragem de continuar. Mesmo assim, ele pôde ver uma Emma envergonhada negando com a cabeça.

- Ele achou que, quando eu melhorasse, talvez as coisas mudassem. Mas... – Emma dizia com a voz embargando aos poucos, sendo interrompida pela sensação de lacrimejar novamente.

Emma não precisava dizer mais nada para que Will compreendesse tudo. Ele estava tocado pela situação, mas grato pelo acaso por tê-los aproximado em um momento que parecia ser tão oportuno. Eram muitas informações para ele, assim como eram muitas emoções para ela.

Mas ele sentia que aquela era a hora.

- Não, Emma – Will sussurrou, colocando suas mãos sobre as dela – você não vê que isso é bom?

Ela o fitou, atordoada, e refletiu por um momento sobre ouvi-lo dizer que aquilo era bom. Will negou para si mesmo com a cabeça, e retomou a linha de raciocínio:

- Quero dizer... Olha só pra nós! Essa coincidência toda de... nós termos nos encontrado após o Carl ter... Bom, talvez ele tenha sido necessário para que você...

Emma ainda o encarava com incredulidade, enquanto ele procurava uma frase ideal:

- Será que foi isso que fez a gente se separar? Talvez esse tenha sido o tempo que você precisava!

- ...Para quê? – Emma indagou, com a voz carregada.

- Não está vendo, Em? Alguma coisa está conspirando para nos aproximar de novo! – Will explicava sorrindo, com uma expressão de obviedade.

A cada frase que Will iniciava, Emma era bombardeada por agonia. Ela estava no limite de suas emoções naquele momento, e não era capaz de se condicionar a pensar a situação por outro ângulo. Pensar que ela teria usado a paciência de Carl durante tanto tempo em benefício próprio, e que Will não parecia preocupado com sua dor...

Emma se levantou e ficou em pé ao lado da mesa, encarando-o com uma expressão desesperada.

- Preciso ir, Will – soltou, partindo na direção da entrada do restaurante.

- Emma! – Will se levantou, conseguindo fazê-la parar e olhar ligeiramente sobre o ombro esquerdo. – A saída do restaurante é por aqui – apontou, mostrando uma porta de acesso muito mais fácil do lado oposto ao que ela ia. Ela confirmou com a cabeça e passou a mão por uma mecha de cabelo tencionada a cair sobre seu rosto.

Will sinalizou à garçonete, fazendo sinais para que ela cancelasse o pedido – e apontou para sua acompanhante chorosa. A senhora deu um sorriso para ele, aquiescendo.

Já do lado de fora do restaurante, Will segurou o braço de Emma para que ela parasse. Ela o olhou com o semblante abatido, e Will entendeu a pena que deveria estar sentindo naquele momento.

- Desculpa se eu disse algo de errado, Emma, eu... Fui um idiota – desculpou-se, sem realmente acreditar no que dizia.

- Tudo bem, Will, eu... – ela havia parado de chorar, e agora procurava a expressão séria que tinha guardado para momentos em que precisava demonstrar confiança – Eu só não consigo ver todas essas coisas como você vê. Eu amava o Carl, de verdade!

- Ele não te merecia, Em. Olha o que ele fez...

- Mas e quanto a você? Você seria essa pessoa a me valorizar como eu mereço? – disse calma, porém ácida. Will massageou a testa com os dedos, tentando esquivar da tensão emocional que, certamente, explodiria em palavras.

- Ok, Emma, se é assim que você quer... – Will iniciou, sentindo-se encurralado pelas circunstâncias – Eu realmente preciso dessa chance, mas isso está me fazendo mal, eu não sei se...

O rosto de Emma encheu-se de lágrimas.

- Eu não quero te fazer mal.

Will observou, repleto de culpa, sua amada andar rapidamente, chegando ao ponto de correr, na direção da estação de metrô. Enquanto ela se afastava, até quase sumir do alcance de sua visão, ele recapitulou as últimas horas que havia passado ao seu lado, e se perguntou como algo tão perfeito podia não dar certo. Ao mesmo tempo em que estava feliz por, pelo menos, Emma não estar comprometida, ele não conseguia encontrar nada pior do que vê-la hesitando. Ele estava magoado e incerto quanto ao seu próximo passo, mas sabia que, se ela o deixasse tentar, ele poderia seria tudo o que ela precisava naquele momento.

Foi ali que ele se lembrou de uma antiga promessa feita a ela e a si mesmo. De repente, ele soube o que fazer.

terrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrifiedterrified

Emma desceu as escadas da estação às pressas. Algo em sua mente implorava para que ela parasse e refletisse, mas ela simplesmente não queria. Ela estava envergonhada por ter tratado Will daquela forma, ciente de que nada do que ele falara justificava sua reação de sair correndo. Afinal, o que era realmente errado dentro de tudo o que ele dissera?

Veio à tona toda a angústia que ela sentiu ao cogitar que não o veria na volta a Lima. Talvez, em seu inconsciente, ela tivesse tomado a decisão de retornar a Ohio no intuito de reaver seu passado – no qual Will Schuester estaria incluído. Mas agora...

Emma comprou o ticket e atravessou a catraca. Procurou mais uma vez pela localização correta da parada do trem e se direcionou a uma barra próxima. Olhando em volta, notou que a estação ainda estava vazia, mas que, naquele momento, não parecia refletir suas emoções. Emma estava agitada, aquecida e em movimento.

Tão agitada que não notou, novamente, o som de uma catraca girando ao longe.

O trem chegou. Emma se projetou para dentro com rapidez e procurou o assento mais próximo para despejar-se sem cuidado. Ela encostou a cabeça no apoio traseiro do banco e se desfez em lágrimas. Naquele momento, não havia preocupações com germes ou limpeza. As lágrimas pareciam suficientes para lavar seu corpo de quaisquer impurezas – e sua alma de quaisquer sentimentos.

Emma estava ciente de que não queria lutar, e de que estava errada ao culpar Will por uma decisão que ela tinha tomado. Ela se sentia egoísta ao perceber que poderia ter ferido seus sentimentos por não querer repensar uma decisão covarde.

Uma voz nos autofalantes avisou a próxima parada.

Will estava com pressa. Ele não havia conseguido chegar próximo ao trem a tempo de subir no mesmo vagão que ela, contentando-se com um mais distante. Com medo de que as poucas pessoas no trem o estranhassem, ele se controlava entre não parecer alarmado ao atravessar os vagões e ser rápido a tempo de alcançá-la. O acesso para o vagão de Emma parecia estar emperrado, e ele fazia uma força descomunal para abri-lo. Quando finalmente a porta cedeu e ele respirou de alívio, a imagem de Emma descendo do trem por uma porta quase do outro lado fez com que Will se desesperasse novamente e se lançasse na direção da primeira porta de saída que encontrara, já ouvindo o bipe de aviso para o seu fechamento. A silhueta de Emma se afastando era, aos poucos, interrompida por duas portas de metal que se aproximavam perigosamente. Will se virou de lado para aproveitar o pequeno espaço de saída e se lançou com tudo para fora, superando o vão entre o trem e a elevação de embarque. Emma havia sumido de vista.

Enquanto andava desesperadamente pela estação vazia, Will procurava uma explicação para que Emma resolvesse descer uma estação antes da correta. Passou por sua cabeça que ela o estivesse despistando, ou até mesmo mentido para ele sobre o hotel onde estava. Mas era tudo muito diferente dela, e ele sabia que nem todo o tempo do mundo a faria mudar seu jeito de ser – o jeito como ela era quando se conheceram e o mesmo jeito que havia conquistado seu coração.

Um murmúrio baixo fez com que ele olhasse para trás. Emma estava sentada em um banco, de frente para o vão onde esteve o trem do qual haviam saído há pouco.

Will se aproximou por trás, cautelosamente. Agora, mais do que nunca, estava preocupado quanto ao que dizer para ela. Era o momento de procurar o melhor de si e entregar-lhe sem ressalvas, para que ela sentisse que podia confiar em seu amor.

- Emma... – disse, encostando-se em uma pilastra. Ela se virou prontamente, com a mesma sensação de fragilidade diante de um conhecido antigo. Mas, novamente, era Will. E, embora o rosto estivesse inchado devido ao choro compulsivo, sua face pareceu revigorar-se apenas com o sorriso de alívio e surpresa que dera ao vê-lo.

- Você desceu na estação errada. – disse, divertindo-se.

- É, eu sei – ela retribuiu o tom engraçado – eu acabei de perceber – apontou para a placa indicando o nome da estação que estava atrás dela.

- Eu... Bom, eu te segui para pedir desculpas sobre hoje mais cedo. Eu só queria... – aproximou-se dela, ao passo que sua expressão mudava de arrependido para decidido – Eu só queria te dizer, Emma, que isso é culpa do efeito que você causa em mim. - Os olhos de Emma reagiram ao impacto das palavras com um brilho diferente. – Eu só ajo assim, só digo coisas que não quero, porque estar perto de você é sempre uma oportunidade de dizer tudo aquilo que eu já disse antes, e... Emma, eu só faço tudo isso porque eu te amo. Eu te amo e sempre vou te amar. E eu notei isso quando te vi naquela estação; a sua imagem foi suficiente pra me provar que não foi em vão ter sonhado com você durante o tempo em que nós ficamos distantes um do outro. Era só isso que me enchia de esperança e me envolvia enquanto eu fiquei sem você.

Emma se lembrou com perfeição daquele dia. O momento em que ele repetiu as palavras fez com que ela se arrepiasse. Ao dizer aquilo de novo, seu coração palpitou; cada palavra parecia uma estrela cadente, a promessa da realização de um desejo.

- Você – ela dizia, forçando-se a manter a calma – tem certeza do que acabou de dizer, Will? – ela desejava, do fundo do seu coração, que sim.

Will se aproximou mais, abaixando-se para acariciar o queixo de Emma com sua mão direita.

- Se eu disse isso, Emma, é porque eu quis dizer. E, se eu quis dizer, é porque é verdade.

O tom de voz de Will abaixou gradativamente, e os dois rostos se aproximaram. O beijo era inevitável.

Dois anos de saudade foram descarregados em um contato longo e emocionado, em que Will experimentava cada segundo do prazer que era estar envolvido com a mulher de seus sonhos novamente. Emma se sentiu abraçada por um anjo, sentindo uma felicidade que não sabia que existia.

Os lábios se separaram quando o contato dos olhos se fez novamente necessário. Will ainda a desejava, mas ela precisava ainda mais da segurança de seus sentimentos.

- Eu disse que isso não estava acabado entre nós. Não disse?

Emma sorriu, e o abraçou. Will suspirou, feliz por estar com ela novamente. Emma ainda estava assustada com a velocidade de tudo, mas sabia também que aquela seria a última vez em que ela passaria por aquele tipo de surpresa em sua vida.

Aquela estação, agora, não parecia tão diferente dela. Como ela, Emma tinha a possibilidade de receber quem ela quisesse, mas ela havia feito a escolha de permitir que Will invadisse todo o território. E ela, finalmente, havia deixado para trás a solidão, e atravessado a estação de sua vida para o outro lado – onde podia estar com Will.

E, quanto às portas de seu coração... Bem, finalmente ela percebeu que sua vida era uma estação não só de despedidas, mas de encontros; o mesmo lugar em que Carl descia era o que Will subia.

E ela estava feliz por tê-lo encontrado por acaso naquela estação, e por ter encontrado uma explicação para tudo aquilo.

You said it again, my heart's in motion,
Every word feels like a shooting star
I'm at the edge of my emotions
Watching the shadows burning in the dark,
And I'm in love,
And I'm terrified
For the first time and the last time
In my only life
.

0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
Nesse bimestre o Need For Fic entrevista Eduardo (aka Wateru) o vencedor do Concurso III.
Need For Fic: Qual foi a sua inspiração para essa fic?
Edu: Sem dúvidas, a música e o videoclipe de Terrified, da cantora Katharine McPhee com participação do artista Zachary Levi. Tanto a letra quanto as cenas do clipe se encaixaram muito bem na ideia do tema Encontros & Desencontros, e logo me veio à mente o casal perfeito para todo o cenário de romance e angústia proposto pelas duas frases que eu escolhi como base para minha história: Will e Emma, da série Glee. Mas, dessa vez, foi muito mais transpiração que inspiração: encaixar a letra da música, a cronologia do clipe e as frases-tema na história e na personalidade dos dois sem perder a coerência foi absurdamente trabalhoso.

Need For Fic: Fale um pouco da sensação de ganhar a sua primeira estrela dourada do Concurso.
Edu: Ela, certamente, é um símbolo muito especial para tudo isso que vem acontecendo comigo no fórum. Não é só minha primeira medalha de ouro: é minha primeira medalha de qualquer colocação, e a única que consegui até agora. Durante meu primeiro ano consegui duas colocações em outros desafios, mas nenhuma em primeiro lugar – e nenhuma com medalhas, nenhuma no Concurso. Então, realmente me surpreendeu; a primeira reação foi de incredulidade, porque eu simplesmente não acreditava que leriam essa fanfic, por estar enorme. Daí para ganhar o concurso do mês... Era algo inimaginável!
Need For Fic: Qual fandom você nunca escreveu mas tem vontade de escrever?
Edu: Definitivamente, da série Lie To Me. É um desafio para mim, certamente, porque a trama é densa e sutilmente desenvolvida. Já consegui imaginar algumas ideias para enredo, mas nada que me desse segurança para escrever sem o receio de criar características incoerentes ao todo. No entanto, o fato de a série ter sido cancelada acaba restringindo um pouco o universo da mesma, então não chega a ser impossível escrever sobre Lie To Me.

Need For Fic: Fale um pouco sobre a sua trajetória antes e depois do NFF.

Edu: Na minha adolescência, eu era apenas mais um nerd que navegava pela Internet atrás de coisas legais pra ler, jogar e assistir. Eu já havia iniciado uma fanfic de Pokémon nessa época, mas nada que conseguisse me vincular ao mundo das fics. Foi somente quando eu conheci uma amiga no Ensino Médio, que era ficwriter, que eu passei a participar desse universo – mesmo que já soubesse de sua existência e dimensão antes. No entanto, foi apenas em 2009 que eu comecei a produzir ativamente como ficwriter. Eu sempre gostei de escrever, mas eram geralmente poemas ou contos curtos. Essa amiga me indicou uma comunidade do Orkut que possibilitava a postagem de fanfics de qualquer fandom. Foi através dessa mesma comunidade que, mais tarde, conheci o NFF.

Como já falei, ingressei há um ano no fórum, e de lá para cá a produção e a leitura de fics cresceram absurdamente. Além de tudo o que eu pude aprender no fórum com outras pessoas, posso afirmar que minha qualidade como escritor vem aumentando desde que o Need For Fic entrou na minha vida.

Por fim, que mensagem gostaria de deixar para as pessoas do fórum?

Eu só quero agradecer. A todos que leram, comentaram, votaram nesse Concurso – não só na minha fanfic, mas em qualquer outra. São vocês que dão peso ao concurso, são vocês que estimulam os escritores como eu a darem asas às ideias mais loucas, a participarem dos desafios e a melhorarem cada vez mais. Obrigado a todos.

Um comentário:

  1. Amei, amei, amei, amei e amei a sua fanfic, Edu! :fangirl:

    E eu te falava: "Escreve, 'minino'! Você tem que participar. Como é que EU vou me esforçar mais sem um competidor do seu nível para concorrer comigo?"

    *nem sou vaidoso e muito menos competitivo, né?* :hebe:

    De uma coisa eu tenho certeza, Edu! No NFF, eu meço minha satisfação pelas pessoas que eu conheço, e poucas vezes me senti tão agraciado em conhecer uma pessoa como foi com você.

    Um enoooooooooorme abraço, te desejo SEMPRE que continue seguindo com o seu talento formidável e jamais deixe de nos presentear com suas obras fabulosas.

    :coringa: :coringa: :coringa: :coringa: :coringa: :coringa:

    ResponderExcluir