29 de janeiro de 2011

O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë



“O Morro dos Ventos Uivantes” é um clássico da literatura britânica e mundial e é o único livro de sua autora Emily Brontë. Escrito em 1847, o livro narra uma das histórias de amor mais intensas e surpreendentes da literatura: Heathcliff e Catherine. Uma história como diz a edição atual do livro em que “o amor nunca morre”. Vale ressaltar a observação de que, apesar de estar sendo vendido como “o livro favorito de Bella e Edward de Crepúsculo.”, o livro nada tem a ver com a saga em si. Isso é uma estratégia marketeira, que apesar de ser extremamente contra, valerá a pena se conseguir fazer os adolescentes lerem. Algo que eu realmente espero!

Sua história inicia com uma visita do Sr. Lockwood, atual inquilino da fazenda ‘Granja do Tordo’ à fazenda homônima ao livro a fim de fazer uma visita a seu senhorio, Sr. Heathcliff. A partir dessa visita e dos eventos que nela se sucedem, Lockwood fica curioso sobre a história daquelas terras e daquela família. Cabe a Nelly Dean, uma das criadas da Granja, narrar todos os fatos que ocorreram desde a adoção de um menino órfão, estranho e sem nome, que acabou sendo batizado de Heathcliff, ao seio da família Earnshaw. Esse menino cresce cercado de maus tratos e comportamentos vis e encontra a sua força e vida ao lado de Catherine Earnshaw, filha do benfeitor e irmã do vingativo Hindley.

Porém, lembremos que essa história foi escrita no século XIX, portanto Cathy não poderia se casar com alguém tão rude e mal visto como Heathcliff, e essa rejeição vai sero grande divisor de águas da história. Heathcliff some e reaparece anos depois, em busca de vingança contra aqueles que o haviam tratado mal. Vingança essa que dura duas gerações, incluindo seu próprio filho.

A história possui uma escrita complicada e, por vezes, intrincada, característica dos romances da época. Contudo, o que tem de difícil, tem de fascinante. É impossível ler sem se apaixonar pelos personagens que conseguem ser cruéis, egoístas, apaixonados e vivos ao extremo. Todos tem seus defeitos bem enfatizados na descrição parcial de Nelly, mas é no decorrer da leitura e de frases e situações extremas que vemos suas qualidades. Também é impossível não vivenciar o sofrimento e agonia de Heathcliff, apesar de seus atos “diabólicos”, e de seu grande amor Cathy que solta uma das maiores pérolas literárias já escritas.

“Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff.”

Sentiu a intensidade das palavras proferidas, leia o livro o todo e terás apenas um vislumbre do amor mais forte e cultuado do mundo literário. Fica a dica de que vale a pena ler e reler!

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