1 de novembro de 2010

In Treatment: Week One (3x01-04)


Sunil - Week One (3x01)
In Treatmente está de volta e é bom ver Paul e seus pacientes mais uma vez. As discussões sutis, os olhares pensativos e reflexivos, as vidas conturbadas dos pacientes e deu seu psicólogo.

O primeiro paciente é Sunil, que veio de Calcutá para morar com seu filho, sua nora e seus netos. O homem se fechou totalmente a todos desde que chegou. E com uma nora daquela é compreensível. Em um primeiro momento vemos claramente a visão dela, que ele ronda a casa a odiando, que assusta os filhos e a ela, além de ficar claro que o filho, Aaron, pensa pela cabeça da esposa e não pela sua própria.

É só quando Sunil fica sozinho que começamos a ver as coisas ao seu modo. O homem está sozinho sem a esposa que amou por quase toda a sua vida. Começa a perceber todas as mudanças em sua volta e, principalmente, em seu filho. Enxerga aquela mulher como a agente de todas essas mudanças e a culpa, mesmo que não sendo totalmente culpa dela. E ainda é arrastado para a terapia quando sua cultura considera um absurdo para uma pessoa sã. E mesmo assim ele quer voltar na outra semana.
 
 
Frances - Week One (3x02)
Confesso que adorei Frances. Ela é aquela paciente que se preocupa mais com o que Paul pensa sobre ela do que em melhorar o que está tentando melhorar. E conforme a ouvimos e começamos a compreender o que está acontecendo com ela (começamos, porque tanta coisa muda depois) vemos como tudo é mais complicado do que parece.

Ela está esquecendo suas falas na peça e essa é a razão de estar na terapia. Ela quer entender porque isso está acontecendo. Mas não é bem a razão real. Ela se separou depois de 16 anos casada. Sua filha não fala com ela e sua irmã está com câncer de mama, a mesma doença que sua mãe teve. Ela luta com a possibilidade de também ter a doença e nem o teste quer fazer.

No final, quando Paul liga para marcar um neurologista, vemos que de todos os pacientes que ele cuida, há uma razão de acompanharmos os três escolhidos. Eles vão além da terapia e afetam a vida dele e isso é algo incrível que a série consegue fazer.


Jesse - Week One (3x03)
Representando os pacientes jovens problemáticos temos Jesse. Considerando o fato de que adorei os mais jovens nas duas temporadas anteriores, fiquei meio decepcionado com este. O rapaz é gay, extremamente agressivo e com claros problemas com sua família em geral. Adotado, tem sua mãe biológico tentando contactá-lo e encontra no sexo o refúgio para os seus problemas, achando que os homens que se aproveitam disso são realmente seus amigos.

O bom da terapia é que com o tempo vamos percebendo que tudo é diferente do que imaginávamos e é isso que espero desse personagem. Porque até agora só vi um rapaz homossexual que lida com a sexualidade muito cedo, além dos "problemas" decorrentes de sua adoção. Por isso preciso conhecer mais ele para saber se é um bom personagem ou não.

Agora uma coisa que gostei foi dele lidando com Paul. O modo como ele sempre tenta chocá-lo e deixá-lo sem graça e como Paul consegue fazê-lo parar quando ele vai longe demais.


Adele - Week One (3x04)
Por fim, temos Paul no divã, que normalmente é a parte mais interessante da semana. Adoro como a série vai nos dando pistas do que acontece com ele durante a semana e quando chegamos na vez dele, começando a colocar tudo aquilo em contexto e vermos o que realmente está acontendo.

Paul está sozinho, com medo de ter o mesmo problema que o pai e ainda cansado de seu trabalho. E agora não tem nem mais Gina como tinha antes, o que claramente o faz falta. Engraçado como quando ele estava nas sessões com ela sempre a atacou tanto e agora a defende com unhas e dentes, mesmo quando Adele não tinha dito nada sobre a mulher.

Gostei também da diferença de idade entre eles. Adele ainda é nova na profissão e tem aquele ar de renovo que Paul não tem. Porém ele tem experiência e acho que essa junção pode nos dar grandes coisas...

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