1 de outubro de 2010

Dexter: My Bad (5x01)


O showrunner Clyde Phillips deixou um cliffhanger bastante cruel para Dexter(Michael C. Hall) e os espectadores da série na finale da 4ª temporada. A morte chocante da esposa de Dex, Rita (Julie Benz) pelas mãos do Trinity Killer (John Lithgow) – deixou todos embasbacados e deu uma difícil tarefa a Chip Johannessen.

"My Bad" foi um excelente começo de temporada, principalmente porque remeteu a estréia da série. Johannessen explorou alguns níveis mais profundos da psique de Dex. Cada arco de temporada o fator externo foi preponderante para desenvolve o caráter de Dexter Morgan perante o público (através do irmão perdido, a amante psicótica, o melhor amigo macabro, o mentor assassino), mas este ano parece que a batalha será mais interna. É o ano da culpa pessoal. O ano em que Dexter tem que enfrentar o resultado de suas ações (ou a falta delas). O não cumprimento de seu código levou à morte de sua esposa inocente, deixando seus filhos órfãos, e o tornou principal suspeito do assassinato dela.

O episódio começa imediatamente de onde parou: com o pequeno Harrison nos braços do pai e passando pelo mesmo trauma que Dex passou na infância, todo encharcado de sangue, perto do corpo de Rita, morto na banheira. Sua frase “Fui eu” faz com que toda a culpa recaia sobre ele, especialmente após Quinn (Desmond Harrington) descobrir que o vizinho do lado Elliot (Rick Peters) beijou Rita, pouco antes de sua morte, e começa a pensar que o analista de sangue seria capaz de um crime passional.

Com o script assumir alguns riscos criativos, "My Bad" foi, sem dúvida, brilhante. Michael C. Hall mostra porquê é favorito ao Emmy de melhor ator. A personalidade de Dexter com os amigos e família sempre foi agradável, mas um pouco distante, por isso a reação à morte de Rita inicialmente é compreensível: choque anestesiado. Ela era o lado humano dele, a única conexão que conseguiu fazer com outro ser humano além de Harry. Lentamente, seu comportamento começa a despertar suspeitas, principalmente de Quinn - que se assustou ao ouvir a ligação para 911 - e sua irmã Debra (Jennifer Carpenter), que descobre que não consegue se conectar com o próprio irmão e nota que seu comportamento estranho.

Dexter não sabe como convencer as pessoas de que ele está abalado com a morte de Rita, porque ele é mais frio do que uma pessoa normal deve ser. Depois que Cody (Preston Bailey) e Astor (Christina Robinson) de retornam de sua viagem para a Disney, vem a cena mais terrivelmente desconfortáveis de toda para o serial killer: Como contar a notícia de que sua mãe foi morta? O “Eu sinto pela sua perda” foi o mais distante possível, nem mesmo quando Astor o culpou pela morte da mãe, Dexter conseguiu sentir alguma coisa.
As tentativas fúteis de Dexter para agir como todos acham que um marido luto deveria ser continuam. Se torna claro que a morte de Rita realmente mexeu uma parte da sua humanidade ele não sabia que tinha. Ele amava Rita, e perdê-la dói mais do que talvez teria esperado que doesse.

Após a decisão de fugir durante toda a confusão do funeral da esposa (queima de seus pertences, embalando providencias, e conduzir o seu barco para deus-sabe-onde), O analista de sangue finalmente teve seu colapso atrasado em um posto de gasolina para barcos - matando um cliente mal educado com um gancho no banheiro, antes de cair de joelhos diante do fantasma de seu pai, Harry (James Remar) e berrando como um animal ferido. Ele quebrou o código que determina o seu comportamento em matar aquele homem inocente apenas para desabafar sua mágoa e raiva, mas o fantasma de Harry e sua consciência não consegue censurá-lo por isso

Surpreendeu o uso de Julie Benz, em um flashback do primeiro encontro de Rita e Dexter, durante o qual ele está realmente perseguindo um de seus “alvos”, sentado atrás dela. É um pouco estranho que ela pensar no serial killer, mesmo considerando que o encontro foi um fracasso. Porém foi uma maneira boa para trazer Benz de volta, sem que fossem envolvidos a banheira obrigatória e cenas caixão.

No geral, "My Bad" foi um grande episódio, porque foi diferente do esperado e nos mostrou uma nova faceta da personalidade de Dexter. (E deu a Michael C. Hall mais uma hora que vale um Emmy). Aparentemente, a 5 ª temporada vai romper com a tradição e não possuir um "grande mau" e o, ao contrário, enfrentam vários inimigos e obstáculos.

Cenas memoráveis:

- Debra se mostrando forte para apoiar o irmão

- Dexter contando para Astor e Cody sobre a morte da mãe

- Dexter na funerária (Alguém se lembrou de Six Feet under?)

Um comentário:

  1. Fiquei com mt pena do Dexter nesse episódio. Ele se importava mt mais com Rita do que imaginava. Ela foi uma das poucas que conseguiu realmente penetrar no coração dele e o homem não tinha ideia de como lidar com isso...

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