Título:Goodbye My Almost Fairytale
Autor: Bells
Beta: Poly
Categoria: Challenge NFF Agosto/2010, Saudade
Advertências: nenhuma.
Classificação: G
Capítulos: 1 (one shot)
Completa: [X] Yes [ ] No
Resumo: Do pó viemos e ao pó retornaremos, alguns mais cedo, outros mais tarde. Corra antes que o amor da sua vida se perca entre os destroços da Segunda Guerra Mundial.
N/a: recomendo ‘Broken’ do Seether para se ouvir durante a leitura *-*
Autor: Bells
Beta: Poly
Categoria: Challenge NFF Agosto/2010, Saudade
Advertências: nenhuma.
Classificação: G
Capítulos: 1 (one shot)
Completa: [X] Yes [ ] No
Resumo: Do pó viemos e ao pó retornaremos, alguns mais cedo, outros mais tarde. Corra antes que o amor da sua vida se perca entre os destroços da Segunda Guerra Mundial.
N/a: recomendo ‘Broken’ do Seether para se ouvir durante a leitura *-*
Goodbye My Almost Fairytale
Uma história original por Bells
A jovem virava as páginas do livro com fúria, sem demonstrar interesse algum na história, enquanto mordia o lábio inferior em sinal de nervosismo. Fechou-o e largou sobre a colcha de cama branca, indo até a janela e observando os carvalhos balançando sobre a brisa do dia nublado de inverno. Não nevava, mas as baixas temperaturas anunciavam nas entrelinhas essa possibilidade.
Uma história original por Bells
A jovem virava as páginas do livro com fúria, sem demonstrar interesse algum na história, enquanto mordia o lábio inferior em sinal de nervosismo. Fechou-o e largou sobre a colcha de cama branca, indo até a janela e observando os carvalhos balançando sobre a brisa do dia nublado de inverno. Não nevava, mas as baixas temperaturas anunciavam nas entrelinhas essa possibilidade.
- Katherina, poderia acá estar por um instante? – a voz de sua mãe ressoou pela escadaria. Ela saiu calmamente do quarto, passando pelos degraus de madeira que rangiam a cada pisada, avistando seus pais na sala de estar.
- Em que lhes poderei ser útil? – ela perguntou sem emoção na voz. Tudo ficava muito chato sem Alfonse.
- O que achas do agasalho que fiz? – a Senhora exibiu um lindo pulôver de linho branco, ainda preso às agulhas do tricô.
- Digo excelente trabalho, mãe. – ela elogiou enquanto se sentava na poltrona vitoriana ao leste da sala. Sua mãe estava acomodada no sofá próxima à lareira de pedra tricotando e, seu pai estava à janela escutando o rádio. Katherina parou para ouvir o locutor anunciando a fala do primeiro-ministro inglês:
E anuncio a primeira vista que tomamos conhecimento da ocupação de nossas minas magnéticas pelos alemães, exigindo assim sua imediata retirada de nossas costas.
Ela tapou os ouvidos. Não queria saber nada sobre a segunda guerra mundial, que eclodia pelos dos limites de sua nação germânica. O discurso do primeiro ministro inglês, Chamberlain, reavivou na garota lembranças ternas de seu amado noivo, Alfonse, que estava guerreando na Polônia desde setembro. E o calendário já marcava 26 de novembro.
Era entristecedor saber que não teria os braços fortes de Alfonse segurando-a na tentativa de fazer o frio passar, enquanto riam às margens do rio Lech. Apostavam corrida no verão, e Al sempre ganhava, Kat quase nem tentava mais. Foi no dia em que ela finalmente ganhou que recebeu um presente inusitado. Os lábios do jovem contra os seus causaram nela um turbilhão de sentimentos, que faziam cócegas nas paredes de seu estômago, invadindo calorosamente seu coração. Depois do primeiro beijo, veio o segundo, o terceiro, o vigésimo, todos únicos, com sensações totalmente novas na bagagem. Tê-lo perto de si fazia-a se sentir em casa.
Katherina foi até a estante e correu os dedos pelos livros, pousando em um velho e amarelado, com algumas páginas soltas, e retirou-o colocando sobre o colo. Moby Dick, livro preferido de Alfonse, que havia ficado com ela por consideração do rapaz. O capítulo preferido de ambos estava marcado com uma margarida seca, colhida no dia em que ele pediu a sua mão em noivado. Famílias ricas, festa grande. As lágrimas de orgulho nos olhos da mãe estavam marcadas na memória de Kat. Instintivamente ela mirou o belo anel de ouro branco e esmeralda, herança da família Hermannein, em contraste com sua mão delicada e pálida. Seu coração apertou, tamanhas saudades ela sentia em seu interior, levando as mãos ao peito na tentativa de respirar normalmente.
- Vou tomar um ar. – ela anunciou afobada para sair dali. Correu pela porta da frente e adentrou no jardim extenso do casarão. A grama já seca do rigoroso frio que fazia estalava sob seus pés, enquanto ela caminhava sem rumo pelas árvores. O vento corria bravo por suas roupas, colocando seu cabelo escuro e curto a brincar pelos ares, e ela parou repentinamente ao sentir alguém atrás de si. Virou-se bruscamente, mas nada havia ali. Semicerrou os olhos, encarando todas as direções, e se sentiu problemática ao ver que estava sozinha em raio de metros. Suspirou. Talvez estivesse maluca de vez. A falta de Al era tamanha que a estava fazendo imaginar coisas. Ela podia jurar que sentia as mãos do rapaz sob seu rosto, acariciando-lhe as bochechas rosadas dizendo: ‘Você mais parece uma vitoriana boneca de porcelana, com esses olhos que nos vêem até a alma’. Deus, como ela suportara aqueles meses? Como resistira a abandonar a vida por aquele homem que a encantava de um jeito tão inesperado? Aqueles olhos verdes, os cabelos louros cuidadosamente arrumados em um topete elegante, a estranha mania de alongar o colarinho da camisa com os dedos. Era estranha a sensação de falta. Colocou o rosto nas mãos, despejando lágrimas de dor sem pestanejar. Não se importava com mais nada nessa terra a que não fosse seu amado. Odiava Hitler. Odiava todos os poderosos que se sentavam em suas largas mesas e apertavam botões, brincando de Deus, destruindo vilas, cidades e famílias. Ela fechou os olhos e se acalmou.
Imaginou-se em um lindo vestido rosa-claro, com a sombrinha combinando e finos sapatos de couro irlandês, enquanto esperava na avenida a chegada de Alfonse. Ele chegaria bem, impecável no uniforme militar, com um sorriso triunfante no rosto marmóreo. A guerra havia acabado e seu Al havia voltado para casa, para seus braços, e tudo ficaria bem. Eles se abraçariam, se beijariam, e trocariam juras de amor em meio à multidão estonteante. Nada mais a preocuparia. Quando abriu os olhos azuis, a dura realidade a atingiu como um punhal. Estava só, caída sob um galho de cerejeira, a guerra lá fora longe de um fim, escoando sangue por todas as direções. Como são tristes os homens que de mal são feitos. A aversão a diferenças não fazia sentido. Ela levantou-se e bateu as folhas da saia, levantando o rosto e tomando um susto. De onde estava ela conseguia visualizar a rua de sua casa, onde um veículo oficial estava estacionando. Não pôde deixar de sorrir, e pôs-se a correr tanto quanto seus mules lhe permitiam. Os soldados fardados saíam do veículo, as pernas de Kat pareciam não correr na velocidade que ela desejava quase tropeçando nos galhos pelo caminho. Os homens altos foram até a porta principal e bateram, e Katherina chegou bem a tempo de ouvir seu nome ser mencionado.
- Eu mesma. – ela disse quase sem fôlego, e os três oficiais se viraram para ver de onde viera a resposta.
- Senhorita – o moreno anunciou. A menina assentiu veemente, aguardando-o dizer as palavras que tanto queria ouvir.
- Sim? – ‘Alfonse está bem e voltará em breve’. Sim, sim! Diga-me!
- Temos a dolorosa missão de afirmar que seu noivo, Sr. Alfonse Hermannein, oficial das forças germânicas, repousa em terras internacionais. Com toda certeza receberá títulos honrosos por sua brava atuação nesta triste ocasião.
Katherina quase desmaiou. Será que sua audição estava pregando-lhe uma peça? Baixou o olhar e viu a bandeira alemã dobrada finamente sob as mãos do segundo soldado, com a medalha de Alfonse jazendo sobre ela. As lágrimas escaparam-lhe, e logo estava caída ao chão soluçando, seu coração se apertando cada vez mais, em uma pulsação maluca que fazia-na sufocar. Não conseguia proferir uma palavra e logo sentiu mãos e braços a sua volta tentando fazer ela se sentir melhor. Nada no mundo mudaria o fato de que seu noivo estava morto, e seu conto de fadas fadado ao esquecimento. Batia os punhos na calçada, não se importando se ficariam marcados, a dor da perda era trilhões de vezes pior. Não conseguia imaginar seu Alfonse esparramado pelo campo de guerra, esvaindo-se em sangue pela bala inimiga. Odiava o mundo, odiava a todos. Agora não possuía mais motivos a continuar saudável e a espera de alguém. Tudo havia definitivamente acabado pra ela.
O homem é a doença do homem. Se o mundo continuar frio e corrupto como está, logo não haverá futuro. Contrariar as diferenças é professar a guerra. História dedicada a todas as pessoas que perderam suas vidas em campos de guerra que tanto ocorreram na história. E também a aquelas famílias que sofreram com a perda de seus entes tão amados.
Fim.
n/a: OMG! obrigada pelos comentários comoventes meu povo. Fico muito muito MUITO feliz em saber que vocês apreciaram a leitura. Obrigadão
n/a 2 : OMG! OURO? SÉRIO? gente, eu simplesmente não tenho palavras pra descrever o quão feliz eu estou! O que realmente importa pra mim é que vocês realmente gostaram do que eu criei.OBRIGADA.
O homem é a doença do homem. Se o mundo continuar frio e corrupto como está, logo não haverá futuro. Contrariar as diferenças é professar a guerra. História dedicada a todas as pessoas que perderam suas vidas em campos de guerra que tanto ocorreram na história. E também a aquelas famílias que sofreram com a perda de seus entes tão amados.
Fim.
n/a: OMG! obrigada pelos comentários comoventes meu povo. Fico muito muito MUITO feliz em saber que vocês apreciaram a leitura. Obrigadão
n/a 2 : OMG! OURO? SÉRIO? gente, eu simplesmente não tenho palavras pra descrever o quão feliz eu estou! O que realmente importa pra mim é que vocês realmente gostaram do que eu criei.OBRIGADA.
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Esse mês o Need For Fic inaugurará uma nova temporada no Concurso de Fanfic do Mês. Além de publicar a fic vencedora, faremos uma pequena entrevista com o autor vencedor. Esse mês começaremos entrevistando a Bells, que venceu o concurso de Agosto com a fic Goodbye My Almost Fairytale.
Queria inicialmente parabenizá-la pelo primeiro lugar no concurso do mês. Não só é uma alegria, porque sua fic realmente agradou e foi muito comentada. Mas porque, pela primeira vez, Histórias novas está no pódio.
Need For Fic: Qual a sensação de ganhar um prêmio em sua primeira participação no concurso do NFF?
Bells: É indescritível! Juro que quase passei mal quando vi a divulgação do pódio! E pensar que 30 dias atrás eu estava fazendo minha inscrição no NFF sem nem almejar tamanha honraria.
Bells: É indescritível! Juro que quase passei mal quando vi a divulgação do pódio! E pensar que 30 dias atrás eu estava fazendo minha inscrição no NFF sem nem almejar tamanha honraria.
NFF: Adorei sua abordagem histórica na fic (estudante de História falando, hehe). Qual a sua relação com os temas históricos? Pretende fazer mais fics nessa linha?
Bells: Eu simplesmente A-M-O II Guerra Mundial. Desde que vi pela primeira vez no ensino fundamental eu tenho crises de satisfação mental ao estudá-la. Apesar de ter sido um acontecimento catastrófico, todo o envolvimento político é interessantíssimo e podemos ver até onde os seres humanos chegam por orgulho. Não só a segunda guerra, mas a primeira e a guerra fria me interessam por demais também. Pretendo escrever mais sobre temas históricos sim, com toda certeza! Talvez mudar um pouco o foco de garota-sofredora pra pontos de vista menos comuns. Fico me perguntando qual seria o ponto de vista de Alfonse do campo de guerra, quantas seriam as saudades que ele sentia da Kat e como foram seus últimos minutos de vida.
NFF: Qual a sua influência para escrever?
Bells: Ela que me introduziu no mundo das fanfics, minha irmãzinha lindona Poly! E também peguei um pouco do estilo de escrita da Cecily von Ziegesar, autora dos livros de Gossip Girl, acho fantástico como ela transmite a ideia de uma maneira tão moderna e gostosa de ler.
Bells: Ela que me introduziu no mundo das fanfics, minha irmãzinha lindona Poly! E também peguei um pouco do estilo de escrita da Cecily von Ziegesar, autora dos livros de Gossip Girl, acho fantástico como ela transmite a ideia de uma maneira tão moderna e gostosa de ler.
NFF: Como essa vida de ficwriter começou? Fale um pouco sobre como as fics entraram em sua vida e o que te levou a escrever.
Bells: Quando eu era mais nova, sempre via a Poly escrevendo coisas no computador com uma verocidade meio 'medonha' e ficava meio curiosa pra saber o que era. Um dia ela resolveu sentar do meu lado e explicar o que era tudo aquilo, eu achei o máximo. Na época eu devia ter uns 13 anos, e minha primeira fanfic foi sobre InuYasha, o anime. Hoje lendo aquilo eu penso 'nossa como eu era bobinha!' asuhasuhas mas todo mundo começa de algum lugar né? É. Eu tenho algumas histórias assim meio 'secretas', que nunca mostrei pra ninguém, meio que escrevi pra mim. E uma coisa meio curiosa é que, originalmente, Goodbye My Almost Fairytale se passava nos EUA, com uma garota chamada Anne, uma versão meio americanizada da Kat. Acreditem se quiserem, tive a ideia tomando banho! asuhuashu Puts to falando demais 'o' respondendo á outra pergunta, o que me levou a escrever foi a indignação com finais de certos livros. Eu terminava de ler e ficava tipo 'é só isso? sério? Preferiria se fosse assim assim e assado'.
NFF: Que fandom que você ainda não escreveu, mas gostaria de se arriscar num futuro?
Bells: Com toda certeza, Gossip Girl! Quero ver se consigo escrever algo sobre GG no challenge de setembro. Acho todos os personagens muito bem caracterizados, sem falar que aamo a Queen 4ever Blair Waldorf (divaa) .
NFF: Por fim: escreva uma mensagem de agradecimento aos leitores do NFF.
Gente...
primeiramente eu queria agradecer a TODO MUNDO DO NFF por serem pessoas tão amáveis, respeitáveis e talentosas agradeço de coração a todos que leram minhas histórias, a todos que votaram, e a aqueles que tiraram um tempinho pra comentar, os coments aquecem meu coração! Nenhuma medalha no mundo supera a sensação de ter agradado a um público tão culto e especial. MUITO OBRIGADA, se eu pudesse daria um abração em cada um de vocês. Um beijo enooooorme pra todos os leitores, escritores, moderadores, blogueiros, tradutores, sócios e administradores (espero não ter esquecido de ninguém) e em especial pra Poly, minha irmãzinha beta pra todas as horas, pra minhas ídolas Fernanda e Lab Girl, pra Ladie que fez uma super participação nesse challenge, e pras fofas da MLSP, Mariana e pra Aquarius que foi a primeira a comentar! BEIJÕES <3>
Nós que agradecemos, Bells. E parabéns pelo êxito em sua primeira participação.
Bells, parabéns pela primeira história original a ganhar medalha de ouro no Concurso mensal! Estava realmente muito bem escrita e emocionante! E adorei a entrevista também!
ResponderExcluirLeds
Ai, que lindo!!!!
ResponderExcluirTambém AMO fics históricas e simplesmente adorei a entrevista.
Parabéns, Bells!!!!
Fabinho (do NFF).
Bells foi merecedora do pódio... Parabens!!!
ResponderExcluirBells, esse ouro foi merecidíssimo!! Você é uma escritora sensacional e, sinceramente, espero ver você mais vezes publicada aqui no blog!!
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