Desde o fim de ER temos várias séries médicas sendo lançadas tentando ocupar o espaço deixado. E me parece que essa é a que chega mais perto do drama e da tensão da antiga série.
Hawthorne tem o clima certo para um bom drama. Uma premissa que só se desgasta se eles quiserem, vários atores ótimos que conseguem segurar a carga dramática, uma identificação com os personagens incríveis, além da grande variedade deles.
Desde a enfermeira safada que “ajuda” os pacientes, até a chefe que perde a cabeça porque quer salvar todo mundo, vemos o hospital pela visão delas e percebemos o quanto elas são discriminadas e de como o peso sempre acaba nas costas delas. As enfermeiras são as que passam mais tempo com os pacientes e os médicos sempre levam a glória. E quando dá errado, é sempre culpa delas.
E não dá pra falar da série sem comentar o episódio nove, que pra mim foi o melhor. Quando uma mulher entra no hospital para cuidar da mãe e esquece seu filho no carro e este acaba morrendo, mexe com todos de um jeito inacreditável. E cada lágrima, cada grito de raiva pode ser sentido por quem está assistindo, foi tão intenso... Foi por coisas assim que a série me conquistou.
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