Título: Verso, Refrão, Verso.
Autor: acid.
Beta: amber.
Categoria: Concurso NFF II/2012, Embriaguez; Projeto Need for History, Birdsong. POV em Segunda Pessoa, Missing Scene, Stephen Wraysford/Michael Weir.
Advertências: Spoilers do livro/minissérie, Slash, Angst.
Classificação: R.
Capítulos: Oneshot.
Completa: [x] sim.
Resumo: Michael Weir partiria o seu coração, se você tivesse um.
A guerra é tudo e nada como você achou que seria.
Existem, obviamente, pessoas morrendo. Todos os dias, a todo maldito momento
você vê pessoas morrendo – homens, meninos, heróis e covardes. Nunca é
justo, você aprendeu. Você também aprendeu que é besteira se importar
com cada um deles; que a sua frieza e a falta de sentimentos, defeitos
que te acompanharam por toda a sua vida, são qualidades ímpares em uma
guerra.
As pessoas morrem a sua volta o tempo todo, e você
descobriu que não há nada de extraordinário ou místico sobre a morte: Em
um momento você está respirando, e no momento seguinte você não está
mais. Vocês são britânicos sendo atacados por alemães em território
francês porque vocês precisam impedir o avanço econômico alemão ainda que o preço a se pagar por isso seja destruir o próprio avanço nacional,
e você podia continuar divagando a respeito disso por horas a fio
apenas para chegar à única conclusão que você sempre soube: Nada disso
faz o menor sentido. Exatamente como você esperava.
Os tiros são
ensurdecedores, cada estrutura destruída por um bombardeio parece ecoar
no vazio debaixo das suas costelas, você não sente nada quando aponta o
seu rifle para um inimigo e rouba a vida dele. Verso, refrão, verso.
Você sabe como as coisas funcionam.
Você se lembra do antes – de quando você era Stephen Wraysford, e não havia um Tenente antes do seu nome. Você gostava de não
saber como as coisas funcionavam, não saber qual era a sensação de ter o
sangue de outra pessoa te manchando, de não saber qual era o som de
corpos se despedaçando ao longe. Você não se importa, agora, mas você
gostava de quando você era o tipo de pessoa que se importaria. Mas isso
foi antes, e você não pensa nisso. Você não pensa em como você já teve um coração, e em como ela – não ela, a guerra, mas ela, Isabelle – arrancou-o do seu peito. Você não pensa nela.
Você nunca pensa nela, e você é Tenente Stephen Wraysford.
O
que você se permite fazer, às vezes, é tentar descobrir quando foi que
você deixou de pensar nela. Você não sabe, porque quando Isabelle fugiu
com você a sua vida estava perfeita e completa subitamente. Não havia
nada mais a se fazer a não ser vivê-la, porque Isabelle era tudo o que
você queria e ela jurou que você a fazia feliz. Você acreditou, por que você não acreditaria?, e ela enfiou todos os pertences dela em uma maldita mala e te deixou, sem nem se despedir, pedir desculpas, gritar com você, nada. Ela enfiou os malditos pertences dela em uma mala e voltou para o marido dela, de quem você a tinha salvo.
Você
sente sua garganta arder com a risada amarga que toda essa ironia te
arranca, e você sabe que o olhar de Weir cai sobre você, do outro lado
do quarto. Você se revira na cama, encarando o teto para não ter que
olhar para ele. Você não pode lidar com ele agora.
Sim,
então houve aquele período na sua vida em que você teve que aprender a
se manter em pé sem um coração. Foi fácil, você precisa admitir. Mais
fácil do que ter um coração, você percebe hoje, e talvez você até
agradeça por isso a alguma força maior quando você acordar se sentindo
religioso. Quer dizer – foi fácil, até você começar a se preocupar com ele.
No
início, você achou que não podia existir uma pessoa mais inapropriada
para essa guerra do que Michael Weir. Ele usava suéteres de lã por cima
da camisa da farda, calçava tênis brancos de civil, os cabelos
curvavam-se em cachos perfeitos de cor cobre. Weir ficava inquieto
quando ouvia tiros ao longe, as mãos dele tremiam convulsivamente a cada
menção a um irmão-de-armas morto, os olhos dele se enchiam de lágrimas a
cada notícia de um novo massacre – francês, inglês ou alemão.
Você
entende a razão de ele estar aqui, ostentando um título de Capitão
antes do nome; ele é inteligente, um engenheiro escocês simplesmente
brilhante, que nunca falhou em conseguir o esquema perfeito para cavar
os mais improváveis túneis em terreno hostil para dinamitar o inimigo.
Ninguém mais faz o que ele faz, e você sabe disso.
Você entende a razão de Michael Weir estar aqui, nessa guerra. O que você não entende é como tiveram coragem de olhá-lo nos olhos – aqueles olhos azuis e grandes e brilhantes e vivos, livres de qualquer mácula – e jogá-lo nesse inferno.
“Wraysford,” ele te chama, cortando o silêncio. Você ainda não quer lidar com ele – basicamente porque você não pode lidar com ele; você não tem um coração, você não tem tato, você não tem misericórdia.
E você tem medo de quebrá-lo.
Você
se ergue da cama, atravessa o cômodo sob o olhar inquisitivo dele, puxa
uma cadeira para você à mesa precária onde ele está bebendo. A garrafa
de whisky está pela metade, você percebe enquanto se serve, e as
pálpebras dele já estão pesadas de embriaguez. Ele fecha os olhos com
força, aperta os próprios braços contra si, encolhe-se na cadeira. Weir
já não tenta esconder essas coisas de você, e às vezes você se pergunta o
que foi que você fez para merecer a confiança dele – você não acredita
em nada, não se importa com nada, não é gentil com ele. É mais uma das coisas que, nessa guerra, não faz nenhum sentido.
Mas você se importa com ele. Deus te ajude, nada disso faz sentido.
“Você
acha que Douglas—” ele começa, mas se interrompe para soltar uma grande
lufada de ar, soltando os braços densamente sobre a mesa. Você percebe
que o bombardeio, ao longe, cessou. “Você acha que ele... Que Douglas
sofreu muito?”
As mãos dele tremem quando ele apanha a garrafa de
whisky, e o som de vidro se chocando contra vidro é estranho e
repentino e não pertence ali. Você leva o seu próprio copo aos lábios,
sentindo o álcool te queimar por dentro. É claro que ele sofreu, você estava lá, você o viu, é o que você quer dizer. Ele estava lá, caído, com as costelas abertas e o maldito coração batendo, é claro que ele sofreu. Mas você olha para Weir, os olhos cheios de esperança gritando mente pra mim, mente pra mim, mente pra mim, e sabe que não vai conseguir negar isso a ele.
Ele
vai acabar se quebrando, mais cedo ou mais tarde – essa guerra, algum
oficial, o mundo fora daqui que vocês não conhecem mais. Você.
Você faz isso com as coisas que você ama. Você as protege de tudo, tudo,
só para poder quebrá-las com as próprias mãos. E cada medida que você
toma para protegê-lo, prova que você está certo. Verso, refrão, verso. É
inevitável – você vai quebrá-lo.
Pior, é inegável – você o ama.
A
sua garganta ainda te incomoda, então você termina o seu whisky e puxa o
seu maço de cigarros do bolso. Weir te passa a caixa de fósforos
prontamente, e você observa as suas próprias mãos tremerem quando você
aciona a chama que inflama o cigarro pendurado entre seus lábios. Você
está bêbado, é o álcool. Só o álcool.
Nunca medo.
“Não
sei,” você responde, com a voz rouca por causa da fumaça. “Ele estava
tentando falar, mas não sei dizer se ele estava consciente.”
“Ele era um garoto, só um garoto...” ele diz, as palavras se enrolando no nó que prende a garganta dele, no álcool, no choro.
Você também é,
você quer dizer. Você quer dizer que ele é mais frágil e precioso do
que qualquer um dos garotos, que quando você ajudou Douglas a morrer, você olhou no rosto delirante dele e imaginou o de Weir – alvo e imaculado e vivo, e imaginá-lo morrendo impediu o ar de chegar aos seus pulmões, e você não sabe o porquê. Ou você sabe, mas preferia não saber.
“Esquece
isso, Weir.” é o que você consegue dizer, e você desvia os olhos dele e
volta a tragar o seu cigarro, esperando que você também esqueça.
“Não
consigo,” ele torna, e você ouve a cadeira dele se arrastar pelo
assoalho, os passos leves dele fazendo o chão vibrar ligeiramente.
“Ele—Wraysford, o que nós estamos fazendo? Matando crianças, fazendo pessoas sofrerem, o que nós estamos fazendo?”
Você
não sabe como ou por que acontece – se foi o tom trêmulo e quebrado da
voz dele, se foram as lágrimas que ele não conseguia conter, se foram as
malditas perguntas dele que não tinham resposta. Talvez tenha sido
você, mesmo, sem saber como lidar com essa afeição estranha que você
sente por ele. Você não sabe. O que você sabe é que você se levanta da
cadeira, abandonando o seu cigarro, o seu whisky e o seu bom senso, e
segura Weir pelos braços, empurrando-o até o armário atrás de vocês
porque você quer que doa. Deus te ajude, você quer que doa.
“Eu
não sei,” você responde, com raiva. Você consegue sentir o medo emanar
da respiração dele, do jeito que ele treme, do olhar perdido dele, e
você o empurra com força outra vez só porque você pode. Weir só te olha –
ele não reage, não te manda parar, não pergunta o que você está
fazendo, tenta te bater. Nada.
O nada te lembra de Isabelle – de como tudo era tudo, e de repente passou a ser nada.
Você odeia o nada.
“Eu
não sei,” você repete, mais alto e mais claro e você aperta o braço
dele com mais força porque você não sabe o que você é capaz de fazer se
ele não reagir. Você precisa que ele lute com você, e te amaldiçoe com
todos os nomes que você sabe que merece, que ele te prove que ele não é
puro como ele parece ser. Você precisa que ele grite com você e te mande
sair, porque você não sabe o que você pode fazer se você continuar
aqui.
Você tem a sua reação – a mão dele segurando firme a gola
da sua camisa, te puxando contra ele com força, enterrando o rosto no
seu peito – e você não sabe exatamente o que fazer com ela. É absurdo,
você pensa, enquanto inconscientemente solta o aperto no braço dele.
Você ouve a respiração dele diminuir, procurar o ritmo normal, e as mãos
dele te seguram com tanto desespero que ele partiria o seu coração, se
você tivesse um.
Porque você não tem um coração. Essa coisa
martelando em seu peito como se quisesse te matar é só um fantasma de
uma coisa que, um dia, existiu, e você odeia Weir por isso. Ele não é
como nada que você conheça; ele não é verso, nem refrão, nem verso.
Ele
ergue os olhos para te encarar, e você não merece nenhum dos
sentimentos que brincam nos orbes cor do céu dele; a inocência e a
gratidão daquele olhar te queimam, deixam marcas e fazem coisas com você
que você se recusa a entender, e é por isso que você cola seus lábios
aos dele.
Não tem nada a ver com essa necessidade louca que você sente de fazer as lágrimas dele cessarem, ou de calar os soluços dele. É porque o olhar dele é insuportável, e não porque você quer sujá-lo com as suas próprias mãos só para que o mundo não leve o crédito por isso – ninguém além de você pode levar o crédito por isso.
Então, é tudo culpa do olhar insuportável dele. E do álcool.
Nunca da sua vontade de roubá-lo dessa guerra e quebrá-lo você mesmo.
Weir
tem gosto de redenção, de algo puro e intocado, de algo que você nunca
deveria ter feito. Ele tem gosto de vida, de algum sentimento que um dia
você conheceu e que hoje está distante demais para que você se lembre.
Ele tem gosto de algo sagrado, e você não seria você se ignorasse essa
vontade incontrolável que você sente de corrompê-lo.
Você
desenha a cintura dele com um braço, sentindo o beijo dele queimar em
sua língua como um lembrete de que esse é o seu maior pecado enquanto as
mãos dele ainda tentam se firmar nas suas roupas, como se ele não
confiasse nas próprias pernas para se manter em pé. A boca dele se abre
desajeitadamente sob a sua e você se lembra de quando ele te disse que ele nunca teve ninguém, ele é só seu para corromper. Ele nunca teve ninguém, e você não vai conseguir parar – o arrepio indecente tentando reduzir a sua espinha a pó deixa bem claro que você não vai conseguir parar.
“Eu
não consigo—Wraysford,” ele começa, os lábios movendo-se sobre os seus,
as lágrimas dele molhando o seu rosto, fazendo você se perguntar há quanto tempo você não sente as suas lágrimas molharem o seu rosto. Você não tem uma resposta. “Eu não consigo esquecer, me faz esquecer. Por favor, me faz esquecer...”
Você segura o rosto de anjo dele com uma mão e diz que sim com a cabeça porque você pode fazer isso, você pode fazê-lo esquecer.
Você pode invadir a boca dele com a sua língua e empurrá-lo até a cama e
roubar a inocência dele e quebrá-lo em tantos pedaços diferentes que
ele não vai conseguir se reconhecer depois, quem dirá se lembrar de alguma coisa – isso você pode fazer. E você pode se convencer de que é tudo pelo bem dele, ele pediu, e não porque você é um desgraçado egoísta que sente essa necessidade absurda de marca-lo como seu, de alguma forma. Talvez, se você conseguir se convencer de que é pelo bem dele, você até durma à noite.
Mas
não é do seu feitio tentar se enganar, assim. Não, você quer poder
olhar nos olhos azuis corrompidos dele, quando tudo acabar, e sentir o
seu peito se encher de orgulho porque foi obra sua.
De mais ninguém.
As
suas mãos desprendem o cinto e os botões da calça dele sem gentileza, e
você deixa os seus dedos roçarem na pele macia descrevendo o abdômen
dele com reverência – ele deixa um gemido baixo escapar entre o beijo e
você não sabe como ou se faz algum sentido, mas é a coisa mais excitante
e preciosa que você já ouviu. Você sente raiva de si mesmo pelo dia em
que teve a ideia de levá-lo até aquela cortesã, e chega à conclusão de
que você não é melhor do que nenhum dos oficiais que olharam Weir nos
olhos e jogaram-no nessa guerra.
Você olhou Weir nos olhos e
jogou-o nos braços de uma mulher qualquer, só para que ele perdesse a
inocência – a sua sorte é que ele não conseguiu. Os lábios dele não
responderam aos dela, as mãos dele não se seguraram às vestes dela em
desespero, a garganta dele não gemeu por ela. Porque ele não quis, não porque você o salvou.
Não,
você não é melhor do que os desgraçados que jogaram Weir nesse lugar. E
é porque você ainda deve ter algum resquício de dignidade e de
capacidade de amar que você se afasta dele e desiste de quebrá-lo.
A
respiração dele está ofegante – por sua causa, não por causa do
bombardeio ou porque ele viu alguma coisa horrorosa – e os lábios dele
estão inchados e abertos. Os olhos dele nunca estiveram tão azuis e nem tão inocentes,
e você precisa respirar fundo para ter a certeza de que essa é a
realidade antes de voltar as suas costas para ele, apanhar a garrafa de
whisky quase vazia e encher o seu copo abandonado.
Você ouve
Weir respirar fundo também, se afastar do armário e caminhar até a mesa
lentamente. Ele não está mais tremendo, você repara quando ele apanha o
seu maço de cigarros da mesa e risca um fósforo para acender um para si,
e isso deve ser um bom sinal, então você termina o seu copo cheio de
whisky em dois goles porque você fez a coisa certa. Você fez a coisa
certa mas você quase fez a coisa errada e não existe ar suficiente para vocês dois nesse quarto.
“Wraysford—” ele começa, a voz irregular por causa do álcool, ou de você, mas você o interrompe.
“Não diz nada. Não diz nada, Weir, fica quieto.” você pede, porque você não pode lidar com ele agora. Você não pode lidar com ele nunca, porque você não tem um coração, se lembra?
“Eu esqueci,”
ele diz, ignorando o seu pedido e sorrindo, como se estivesse tudo bem.
Como se você não tivesse quase feito uma coisa horrível, como se isso
tudo fosse normal. Como se fosse verso, refrão, verso. “Você disse que
ia me fazer esquecer, e eu esqueci.”
Ele leva o cigarro
aos lábios e traga profundamente, escondendo o sorriso que você sabe que
está lá com os dedos, e você sente vontade de sorrir também, porque faz algum sentido, ainda que, talvez, seja só porque vocês dois estão completamente bêbados. Mas ele te pediu para fazê-lo esquecer e você fez e ele está inteiro. O gosto dele ainda está queimando nos seus lábios e você nunca sentiu tanta vontade de fazer algo proibido antes e ele está inteiro.
Você o ama, e ele está inteiro.
Alguém bate na porta e diz “ronda em dez minutos, Capitão”
e você ouve Weir se levantar e arrumar as próprias roupas, vestindo o
casaco da farda e apanhando o quepe em algum canto. Você não presta
atenção, porque você só consegue pensar em como você o ama, e em como
você não pode quebrá-lo, e em como você não tem um coração, e em como
nada disso faz sentido.
Ele abre a porta e sai, e você fica pensando em como você costumava gostar do verso, do refrão, do verso.
Você gostava de saber como as coisas funcionam.
____________________
Vocês
costumavam dizer que morrer com um tiro na cabeça, em plena guerra, era
sorte. Uma morte rápida, limpa, indolor – do tipo que não deixa o alvo
agonizando, e nem causa muito horror aos irmãos-de-armas.
Você acreditava nisso, de verdade. Que seja um atirador de elite, que seja um atirador de elite,
você pedia todas as vezes em que se via à beira da morte. E não foram
poucas – você não é um engenheiro, um sapador, um minerador. Não, você é um tenente de infantaria, um maldito tenente de infantaria, como você continua vivo quando ele está morto?
Ele está morto.
Michael Weir está morto.
Uma morte limpa, te disseram. Um tiro na cabeça, ele deu sorte.
Verso, refrão, verso. Você consegue conter a risada amarga que arranha a
sua garganta, mas não há nada que você possa fazer para impedir as
lágrimas que você sente se formarem em seus olhos, nem a dor estranha
debaixo das suas costelas. Você não tem um coração, essa dor que você
sente dilacerar o seu peito é um fantasma. Só um fantasma, como ele.
Michael
Weir está morto, e vai ser enterrado com algumas medalhas presas ao
peito e, se encontrarem, uma bandeira enrolada no caixote que vão chamar
de caixão. No meio de um deserto que vocês criaram, em algum lugar que
Deus baniu. Mais tarde ele vai ter o nome entalhado junto de milhares
outros em algum monumento hediondo e vão rezar pela alma dele.
É
bom que rezem. É bom que rezem porque ele deve estar no inferno, pelo
que ele fez com você. Ele não deixou a cortesã roubar a inocência dele –
ele ia dar a inocência dele pra você, ela era sua, e você teve medo. Ele te fez amá-lo, querer quebrá-lo, querer protegê-lo, querer—
Ele fez tudo, para se transformar em nada.
Você odeia o nada.
Michael Weir está morto – verso, refrão, verso. Você sabe como as coisas funcionam.
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Nesse bimestre ganhou uma fic que foi uma espécie de unanimidade entre os nossos leitores. Então prestigiemos uma escritora que já está fazendo sucesso há um tempo no fórum, e que esse mês teve seu talento reconhecido: acid
Need For Fic: Qual foi a sua inspiração para essa fic?
Na
época em que o tema do concurso foi decidido eu estava em um estado de
surto completamente insano por Birdsong. A adaptação pra televisão tinha
acabado de sair, o livro já era uma das minhas obras favoritas e eu não
conseguia pensar em outra coisa que não fosse uma fanfic com o
Wraysford e o Weir bêbados. Eu precisava escrever alguma coisa com eles e
o tema do concurso saiu tão perfeito que era absurdo e URGH, não
consegui me conter. E eu escrevi tudo muito muito muito inspirada pelo
clima das poesias ridiculamente perfeitas do Siken, então saiu essa
coisa angst e doida e pois é. HAHA.
Need For Fic: Fale um pouco do livro que te inspirou a essa fic: por que devemos lê-lo?
Porque
eu vou caçar cada infeliz que não leu, esquartejar e usar de tempero
pro meu miojo. Não, sério, o mundo inteiro devia ler porque Sebastian
Faulks é um escritor simplesmente brilhante, que definitivamente faz jus
ao sucesso que a obra dele teve lá fora. O realismo dele é uma coisa
rica e preciosa, e ele tem esse estilo descritivo lindíssimo que ele
consegue impor para criar ambientes, cenas de amor ou de combates,
sentimentos... E, preciso dizer, esse homem tem o dom de criar
personagens complexos e trabalhá-los até eles partirem o seu coração. Um
romance simplesmente incrível ♥
Need For Fic: Qual fandom você nunca escreveu, mas tem vontade de escrever?
Ai,
senhor, são tantos! Eu tenho esse problema de ser uma escritora
incrivelmente preguiçosa e insegura, então eu não escrevo muito. Mas
quero MUITO escrever algo de Shameless US, que é a minha nova paixão, ou
True Blood, que eu acompanho desde sempre e fico me mordendo de vontade
de escrever, mas, sei lá o porquê, nunca consigo... Ainda tem o meu
fandom mais querido do coração, Inception, que eu já nem leio mais nada,
mas SEMPRE morri de vontade de escrever. Ah, sim, e as Crônicas
Vampirescas, mas aí eu precisaria de muita coragem! HAHAHA.
Need For Fic: Fale um pouco sobre a sua trajetória antes e depois do NFF.
Não
existe muita coisa antes do NFF, para dizer a verdade. Eu sempre li
fanfics, claro, e nem sei dizer quando foi que essa loucura começou.
Parece que eu nasci com esse vício HAHA. Tive a minha fase
Pottermaníaca, e depois fui para o lado dos animes, que me fizeram ficar
atualizando o FF.net diariamente, procurando feito doida atualizações
dos meus autores favoritos. Depois eu meio que me afastei das fanfics, e
quando voltei NADA era igual e eu vi em algum lugar um convite pro NFF.
Me cadastrar foi meio que um tiro no escuro porque eu não conhecia
ninguém e eu não sou a pessoa mais sociável do mundo, sério, mas foi a
melhor coisa que eu podia ter feito. Conheci pessoas incríveis, autores
verdadeiramente talentosos que fizeram com que eu finalmente me sentisse
segura para publicar textos de minha autoria e SDKJFGLFBMFDF QUERO
MORDER TODOS. Ahem.
Por fim, que mensagem gostaria de deixar para as pessoas do fórum?
UUURGH,
isso é tão intimidador! Okay, primeiro, preciso agradecer à
administração por ter tido essa ideia fenomenal que é o NFF. Ter um
lugar onde pessoas lindas interagem e se sentem livres para postar
fanfics de temas tão diversos é uma coisa realmente única, e eu me sinto
muito sortuda por ter encontrado esse fórum. Além disso, queria dedicar
uma mordida especial aos organizadores do Concurso porque essa é outra
ideia brilhante, que nos permite conhecer autores geniais, obras
incríveis e receber comentários que simplesmente significam tudo para um
escritor, então, de novo, OBRIGADA. Ah, e também preciso dizer que eu
queria muito apertar e morder e fazer miojos pra Nayla pra sempre,
porque se ela não tivesse sido uma linda comigo eu nunca teria perdido o
medo e postado uma fanfic aqui, e ela definitivamente foi a responsável
por eu ter conseguido terminar essa fanfic do concurso, então muito
obrigada. ♥ E agora, um beijo pra minha mãe, pra Xuxa e Sasha. SEUS
LINDOS.
6 de maio de 2012
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