6 de maio de 2012

Concurso II/2012: "Verso, Refrão, Verso"

Título: Verso, Refrão, Verso.
Autor: acid.
Beta: amber.
Categoria: Concurso NFF II/2012, Embriaguez; Projeto Need for History, Birdsong. POV em Segunda Pessoa, Missing Scene, Stephen Wraysford/Michael Weir.
Advertências: Spoilers do livro/minissérie, Slash, Angst.
Classificação: R.
Capítulos: Oneshot.
Completa: [x] sim.
Resumo: Michael Weir partiria o seu coração, se você tivesse um.

A guerra é tudo e nada como você achou que seria.

Existem, obviamente, pessoas morrendo. Todos os dias, a todo maldito momento você vê pessoas morrendo – homens, meninos, heróis e covardes. Nunca é justo, você aprendeu. Você também aprendeu que é besteira se importar com cada um deles; que a sua frieza e a falta de sentimentos, defeitos que te acompanharam por toda a sua vida, são qualidades ímpares em uma guerra.

As pessoas morrem a sua volta o tempo todo, e você descobriu que não há nada de extraordinário ou místico sobre a morte: Em um momento você está respirando, e no momento seguinte você não está mais. Vocês são britânicos sendo atacados por alemães em território francês porque vocês precisam impedir o avanço econômico alemão ainda que o preço a se pagar por isso seja destruir o próprio avanço nacional, e você podia continuar divagando a respeito disso por horas a fio apenas para chegar à única conclusão que você sempre soube: Nada disso faz o menor sentido. Exatamente como você esperava.

Os tiros são ensurdecedores, cada estrutura destruída por um bombardeio parece ecoar no vazio debaixo das suas costelas, você não sente nada quando aponta o seu rifle para um inimigo e rouba a vida dele. Verso, refrão, verso. Você sabe como as coisas funcionam.

Você se lembra do antes – de quando você era Stephen Wraysford, e não havia um Tenente antes do seu nome. Você gostava de não saber como as coisas funcionavam, não saber qual era a sensação de ter o sangue de outra pessoa te manchando, de não saber qual era o som de corpos se despedaçando ao longe. Você não se importa, agora, mas você gostava de quando você era o tipo de pessoa que se importaria. Mas isso foi antes, e você não pensa nisso. Você não pensa em como você já teve um coração, e em como ela – não ela, a guerra, mas ela, Isabelle – arrancou-o do seu peito. Você não pensa nela.

Você nunca pensa nela, e você é Tenente Stephen Wraysford.

O que você se permite fazer, às vezes, é tentar descobrir quando foi que você deixou de pensar nela. Você não sabe, porque quando Isabelle fugiu com você a sua vida estava perfeita e completa subitamente. Não havia nada mais a se fazer a não ser vivê-la, porque Isabelle era tudo o que você queria e ela jurou que você a fazia feliz. Você acreditou, por que você não acreditaria?, e ela enfiou todos os pertences dela em uma maldita mala e te deixou, sem nem se despedir, pedir desculpas, gritar com você, nada. Ela enfiou os malditos pertences dela em uma mala e voltou para o marido dela, de quem você a tinha salvo.

Você sente sua garganta arder com a risada amarga que toda essa ironia te arranca, e você sabe que o olhar de Weir cai sobre você, do outro lado do quarto. Você se revira na cama, encarando o teto para não ter que olhar para ele. Você não pode lidar com ele agora.

Sim, então houve aquele período na sua vida em que você teve que aprender a se manter em pé sem um coração. Foi fácil, você precisa admitir. Mais fácil do que ter um coração, você percebe hoje, e talvez você até agradeça por isso a alguma força maior quando você acordar se sentindo religioso. Quer dizer – foi fácil, até você começar a se preocupar com ele.

No início, você achou que não podia existir uma pessoa mais inapropriada para essa guerra do que Michael Weir. Ele usava suéteres de lã por cima da camisa da farda, calçava tênis brancos de civil, os cabelos curvavam-se em cachos perfeitos de cor cobre. Weir ficava inquieto quando ouvia tiros ao longe, as mãos dele tremiam convulsivamente a cada menção a um irmão-de-armas morto, os olhos dele se enchiam de lágrimas a cada notícia de um novo massacre – francês, inglês ou alemão.

Você entende a razão de ele estar aqui, ostentando um título de Capitão antes do nome; ele é inteligente, um engenheiro escocês simplesmente brilhante, que nunca falhou em conseguir o esquema perfeito para cavar os mais improváveis túneis em terreno hostil para dinamitar o inimigo. Ninguém mais faz o que ele faz, e você sabe disso.

Você entende a razão de Michael Weir estar aqui, nessa guerra. O que você não entende é como tiveram coragem de olhá-lo nos olhos – aqueles olhos azuis e grandes e brilhantes e vivos, livres de qualquer mácula – e jogá-lo nesse inferno.

“Wraysford,” ele te chama, cortando o silêncio. Você ainda não quer lidar com ele – basicamente porque você não pode lidar com ele; você não tem um coração, você não tem tato, você não tem misericórdia.

E você tem medo de quebrá-lo.

Você se ergue da cama, atravessa o cômodo sob o olhar inquisitivo dele, puxa uma cadeira para você à mesa precária onde ele está bebendo. A garrafa de whisky está pela metade, você percebe enquanto se serve, e as pálpebras dele já estão pesadas de embriaguez. Ele fecha os olhos com força, aperta os próprios braços contra si, encolhe-se na cadeira. Weir já não tenta esconder essas coisas de você, e às vezes você se pergunta o que foi que você fez para merecer a confiança dele – você não acredita em nada, não se importa com nada, não é gentil com ele. É mais uma das coisas que, nessa guerra, não faz nenhum sentido.

Mas você se importa com ele. Deus te ajude, nada disso faz sentido.

“Você acha que Douglas—” ele começa, mas se interrompe para soltar uma grande lufada de ar, soltando os braços densamente sobre a mesa. Você percebe que o bombardeio, ao longe, cessou. “Você acha que ele... Que Douglas sofreu muito?”

As mãos dele tremem quando ele apanha a garrafa de whisky, e o som de vidro se chocando contra vidro é estranho e repentino e não pertence ali. Você leva o seu próprio copo aos lábios, sentindo o álcool te queimar por dentro. É claro que ele sofreu, você estava lá, você o viu, é o que você quer dizer. Ele estava lá, caído, com as costelas abertas e o maldito coração batendo, é claro que ele sofreu. Mas você olha para Weir, os olhos cheios de esperança gritando mente pra mim, mente pra mim, mente pra mim, e sabe que não vai conseguir negar isso a ele.

Ele vai acabar se quebrando, mais cedo ou mais tarde – essa guerra, algum oficial, o mundo fora daqui que vocês não conhecem mais. Você.

Você faz isso com as coisas que você ama. Você as protege de tudo, tudo, só para poder quebrá-las com as próprias mãos. E cada medida que você toma para protegê-lo, prova que você está certo. Verso, refrão, verso. É inevitável – você vai quebrá-lo.

Pior, é inegável – você o ama.

A sua garganta ainda te incomoda, então você termina o seu whisky e puxa o seu maço de cigarros do bolso. Weir te passa a caixa de fósforos prontamente, e você observa as suas próprias mãos tremerem quando você aciona a chama que inflama o cigarro pendurado entre seus lábios. Você está bêbado, é o álcool. Só o álcool.

Nunca medo.

“Não sei,” você responde, com a voz rouca por causa da fumaça. “Ele estava tentando falar, mas não sei dizer se ele estava consciente.”

“Ele era um garoto, só um garoto...” ele diz, as palavras se enrolando no nó que prende a garganta dele, no álcool, no choro.

Você também é, você quer dizer. Você quer dizer que ele é mais frágil e precioso do que qualquer um dos garotos, que quando você ajudou Douglas a morrer, você olhou no rosto delirante dele e imaginou o de Weir – alvo e imaculado e vivo, e imaginá-lo morrendo impediu o ar de chegar aos seus pulmões, e você não sabe o porquê. Ou você sabe, mas preferia não saber.

“Esquece isso, Weir.” é o que você consegue dizer, e você desvia os olhos dele e volta a tragar o seu cigarro, esperando que você também esqueça.

“Não consigo,” ele torna, e você ouve a cadeira dele se arrastar pelo assoalho, os passos leves dele fazendo o chão vibrar ligeiramente. “Ele—Wraysford, o que nós estamos fazendo? Matando crianças, fazendo pessoas sofrerem, o que nós estamos fazendo?

Você não sabe como ou por que acontece – se foi o tom trêmulo e quebrado da voz dele, se foram as lágrimas que ele não conseguia conter, se foram as malditas perguntas dele que não tinham resposta. Talvez tenha sido você, mesmo, sem saber como lidar com essa afeição estranha que você sente por ele. Você não sabe. O que você sabe é que você se levanta da cadeira, abandonando o seu cigarro, o seu whisky e o seu bom senso, e segura Weir pelos braços, empurrando-o até o armário atrás de vocês porque você quer que doa. Deus te ajude, você quer que doa.

“Eu não sei,” você responde, com raiva. Você consegue sentir o medo emanar da respiração dele, do jeito que ele treme, do olhar perdido dele, e você o empurra com força outra vez só porque você pode. Weir só te olha – ele não reage, não te manda parar, não pergunta o que você está fazendo, tenta te bater. Nada.

O nada te lembra de Isabelle – de como tudo era tudo, e de repente passou a ser nada.

Você odeia o nada.

“Eu não sei,” você repete, mais alto e mais claro e você aperta o braço dele com mais força porque você não sabe o que você é capaz de fazer se ele não reagir. Você precisa que ele lute com você, e te amaldiçoe com todos os nomes que você sabe que merece, que ele te prove que ele não é puro como ele parece ser. Você precisa que ele grite com você e te mande sair, porque você não sabe o que você pode fazer se você continuar aqui.

Você tem a sua reação – a mão dele segurando firme a gola da sua camisa, te puxando contra ele com força, enterrando o rosto no seu peito – e você não sabe exatamente o que fazer com ela. É absurdo, você pensa, enquanto inconscientemente solta o aperto no braço dele. Você ouve a respiração dele diminuir, procurar o ritmo normal, e as mãos dele te seguram com tanto desespero que ele partiria o seu coração, se você tivesse um.

Porque você não tem um coração. Essa coisa martelando em seu peito como se quisesse te matar é só um fantasma de uma coisa que, um dia, existiu, e você odeia Weir por isso. Ele não é como nada que você conheça; ele não é verso, nem refrão, nem verso.

Ele ergue os olhos para te encarar, e você não merece nenhum dos sentimentos que brincam nos orbes cor do céu dele; a inocência e a gratidão daquele olhar te queimam, deixam marcas e fazem coisas com você que você se recusa a entender, e é por isso que você cola seus lábios aos dele.

Não tem nada a ver com essa necessidade louca que você sente de fazer as lágrimas dele cessarem, ou de calar os soluços dele. É porque o olhar dele é insuportável, e não porque você quer sujá-lo com as suas próprias mãos só para que o mundo não leve o crédito por isso – ninguém além de você pode levar o crédito por isso.

Então, é tudo culpa do olhar insuportável dele. E do álcool.

Nunca da sua vontade de roubá-lo dessa guerra e quebrá-lo você mesmo.

Weir tem gosto de redenção, de algo puro e intocado, de algo que você nunca deveria ter feito. Ele tem gosto de vida, de algum sentimento que um dia você conheceu e que hoje está distante demais para que você se lembre. Ele tem gosto de algo sagrado, e você não seria você se ignorasse essa vontade incontrolável que você sente de corrompê-lo.

Você desenha a cintura dele com um braço, sentindo o beijo dele queimar em sua língua como um lembrete de que esse é o seu maior pecado enquanto as mãos dele ainda tentam se firmar nas suas roupas, como se ele não confiasse nas próprias pernas para se manter em pé. A boca dele se abre desajeitadamente sob a sua e você se lembra de quando ele te disse que ele nunca teve ninguém, ele é só seu para corromper. Ele nunca teve ninguém, e você não vai conseguir parar – o arrepio indecente tentando reduzir a sua espinha a pó deixa bem claro que você não vai conseguir parar.

“Eu não consigo—Wraysford,” ele começa, os lábios movendo-se sobre os seus, as lágrimas dele molhando o seu rosto, fazendo você se perguntar há quanto tempo você não sente as suas lágrimas molharem o seu rosto. Você não tem uma resposta. “Eu não consigo esquecer, me faz esquecer. Por favor, me faz esquecer...”

Você segura o rosto de anjo dele com uma mão e diz que sim com a cabeça porque você pode fazer isso, você pode fazê-lo esquecer. Você pode invadir a boca dele com a sua língua e empurrá-lo até a cama e roubar a inocência dele e quebrá-lo em tantos pedaços diferentes que ele não vai conseguir se reconhecer depois, quem dirá se lembrar de alguma coisa – isso você pode fazer. E você pode se convencer de que é tudo pelo bem dele, ele pediu, e não porque você é um desgraçado egoísta que sente essa necessidade absurda de marca-lo como seu, de alguma forma. Talvez, se você conseguir se convencer de que é pelo bem dele, você até durma à noite.

Mas não é do seu feitio tentar se enganar, assim. Não, você quer poder olhar nos olhos azuis corrompidos dele, quando tudo acabar, e sentir o seu peito se encher de orgulho porque foi obra sua.

De mais ninguém.

As suas mãos desprendem o cinto e os botões da calça dele sem gentileza, e você deixa os seus dedos roçarem na pele macia descrevendo o abdômen dele com reverência – ele deixa um gemido baixo escapar entre o beijo e você não sabe como ou se faz algum sentido, mas é a coisa mais excitante e preciosa que você já ouviu. Você sente raiva de si mesmo pelo dia em que teve a ideia de levá-lo até aquela cortesã, e chega à conclusão de que você não é melhor do que nenhum dos oficiais que olharam Weir nos olhos e jogaram-no nessa guerra.

Você olhou Weir nos olhos e jogou-o nos braços de uma mulher qualquer, só para que ele perdesse a inocência – a sua sorte é que ele não conseguiu. Os lábios dele não responderam aos dela, as mãos dele não se seguraram às vestes dela em desespero, a garganta dele não gemeu por ela. Porque ele não quis, não porque você o salvou.

Não, você não é melhor do que os desgraçados que jogaram Weir nesse lugar. E é porque você ainda deve ter algum resquício de dignidade e de capacidade de amar que você se afasta dele e desiste de quebrá-lo.

A respiração dele está ofegante – por sua causa, não por causa do bombardeio ou porque ele viu alguma coisa horrorosa – e os lábios dele estão inchados e abertos. Os olhos dele nunca estiveram tão azuis e nem tão inocentes, e você precisa respirar fundo para ter a certeza de que essa é a realidade antes de voltar as suas costas para ele, apanhar a garrafa de whisky quase vazia e encher o seu copo abandonado.

Você ouve Weir respirar fundo também, se afastar do armário e caminhar até a mesa lentamente. Ele não está mais tremendo, você repara quando ele apanha o seu maço de cigarros da mesa e risca um fósforo para acender um para si, e isso deve ser um bom sinal, então você termina o seu copo cheio de whisky em dois goles porque você fez a coisa certa. Você fez a coisa certa mas você quase fez a coisa errada e não existe ar suficiente para vocês dois nesse quarto.

“Wraysford—” ele começa, a voz irregular por causa do álcool, ou de você, mas você o interrompe.

“Não diz nada. Não diz nada, Weir, fica quieto.” você pede, porque você não pode lidar com ele agora. Você não pode lidar com ele nunca, porque você não tem um coração, se lembra?

Eu esqueci,” ele diz, ignorando o seu pedido e sorrindo, como se estivesse tudo bem. Como se você não tivesse quase feito uma coisa horrível, como se isso tudo fosse normal. Como se fosse verso, refrão, verso. “Você disse que ia me fazer esquecer, e eu esqueci.”

Ele leva o cigarro aos lábios e traga profundamente, escondendo o sorriso que você sabe que está lá com os dedos, e você sente vontade de sorrir também, porque faz algum sentido, ainda que, talvez, seja só porque vocês dois estão completamente bêbados. Mas ele te pediu para fazê-lo esquecer e você fez e ele está inteiro. O gosto dele ainda está queimando nos seus lábios e você nunca sentiu tanta vontade de fazer algo proibido antes e ele está inteiro.

Você o ama, e ele está inteiro.

Alguém bate na porta e diz “ronda em dez minutos, Capitão” e você ouve Weir se levantar e arrumar as próprias roupas, vestindo o casaco da farda e apanhando o quepe em algum canto. Você não presta atenção, porque você só consegue pensar em como você o ama, e em como você não pode quebrá-lo, e em como você não tem um coração, e em como nada disso faz sentido.

Ele abre a porta e sai, e você fica pensando em como você costumava gostar do verso, do refrão, do verso.

Você gostava de saber como as coisas funcionam.


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Vocês costumavam dizer que morrer com um tiro na cabeça, em plena guerra, era sorte. Uma morte rápida, limpa, indolor – do tipo que não deixa o alvo agonizando, e nem causa muito horror aos irmãos-de-armas.

Você acreditava nisso, de verdade. Que seja um atirador de elite, que seja um atirador de elite, você pedia todas as vezes em que se via à beira da morte. E não foram poucas – você não é um engenheiro, um sapador, um minerador. Não, você é um tenente de infantaria, um maldito tenente de infantaria, como você continua vivo quando ele está morto?

Ele está morto.

Michael Weir está morto.


Uma morte limpa, te disseram. Um tiro na cabeça, ele deu sorte. Verso, refrão, verso. Você consegue conter a risada amarga que arranha a sua garganta, mas não há nada que você possa fazer para impedir as lágrimas que você sente se formarem em seus olhos, nem a dor estranha debaixo das suas costelas. Você não tem um coração, essa dor que você sente dilacerar o seu peito é um fantasma. Só um fantasma, como ele.

Michael Weir está morto, e vai ser enterrado com algumas medalhas presas ao peito e, se encontrarem, uma bandeira enrolada no caixote que vão chamar de caixão. No meio de um deserto que vocês criaram, em algum lugar que Deus baniu. Mais tarde ele vai ter o nome entalhado junto de milhares outros em algum monumento hediondo e vão rezar pela alma dele.

É bom que rezem. É bom que rezem porque ele deve estar no inferno, pelo que ele fez com você. Ele não deixou a cortesã roubar a inocência dele – ele ia dar a inocência dele pra você, ela era sua, e você teve medo. Ele te fez amá-lo, querer quebrá-lo, querer protegê-lo, querer—

Ele fez tudo, para se transformar em nada.

Você odeia o nada.

Michael Weir está morto – verso, refrão, verso. Você sabe como as coisas funcionam.

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Nesse bimestre ganhou uma fic que foi uma espécie de unanimidade entre os nossos leitores. Então prestigiemos uma escritora que já está fazendo sucesso há um tempo no fórum, e que esse mês teve seu talento reconhecido: acid


Need For Fic: Qual foi a sua inspiração para essa fic?
Na época em que o tema do concurso foi decidido eu estava em um estado de surto completamente insano por Birdsong. A adaptação pra televisão tinha acabado de sair, o livro já era uma das minhas obras favoritas e eu não conseguia pensar em outra coisa que não fosse uma fanfic com o Wraysford e o Weir bêbados. Eu precisava escrever alguma coisa com eles e o tema do concurso saiu tão perfeito que era absurdo e URGH, não consegui me conter. E eu escrevi tudo muito muito muito inspirada pelo clima das poesias ridiculamente perfeitas do Siken, então saiu essa coisa angst e doida e pois é. HAHA.


Need For Fic: Fale um pouco do livro que te inspirou a essa fic: por que devemos lê-lo?
Porque eu vou caçar cada infeliz que não leu, esquartejar e usar de tempero pro meu miojo. Não, sério, o mundo inteiro devia ler porque Sebastian Faulks é um escritor simplesmente brilhante, que definitivamente faz jus ao sucesso que a obra dele teve lá fora. O realismo dele é uma coisa rica e preciosa, e ele tem esse estilo descritivo lindíssimo que ele consegue impor para criar ambientes, cenas de amor ou de combates, sentimentos... E, preciso dizer, esse homem tem o dom de criar personagens complexos e trabalhá-los até eles partirem o seu coração. Um romance simplesmente incrível ♥


Need For Fic: Qual fandom você nunca escreveu, mas tem vontade de escrever?
Ai, senhor, são tantos! Eu tenho esse problema de ser uma escritora incrivelmente preguiçosa e insegura, então eu não escrevo muito. Mas quero MUITO escrever algo de Shameless US, que é a minha nova paixão, ou True Blood, que eu acompanho desde sempre e fico me mordendo de vontade de escrever, mas, sei lá o porquê, nunca consigo... Ainda tem o meu fandom mais querido do coração, Inception, que eu já nem leio mais nada, mas SEMPRE morri de vontade de escrever. Ah, sim, e as Crônicas Vampirescas, mas aí eu precisaria de muita coragem! HAHAHA.


Need For Fic: Fale um pouco sobre a sua trajetória antes e depois do NFF.
Não existe muita coisa antes do NFF, para dizer a verdade. Eu sempre li fanfics, claro, e nem sei dizer quando foi que essa loucura começou. Parece que eu nasci com esse vício HAHA. Tive a minha fase Pottermaníaca, e depois fui para o lado dos animes, que me fizeram ficar atualizando o FF.net diariamente, procurando feito doida atualizações dos meus autores favoritos. Depois eu meio que me afastei das fanfics, e quando voltei NADA era igual e eu vi em algum lugar um convite pro NFF. Me cadastrar foi meio que um tiro no escuro porque eu não conhecia ninguém e eu não sou a pessoa mais sociável do mundo, sério, mas foi a melhor coisa que eu podia ter feito. Conheci pessoas incríveis, autores verdadeiramente talentosos que fizeram com que eu finalmente me sentisse segura para publicar textos de minha autoria e SDKJFGLFBMFDF QUERO MORDER TODOS. Ahem.

Por fim, que mensagem gostaria de deixar para as pessoas do fórum?
UUURGH, isso é tão intimidador! Okay, primeiro, preciso agradecer à administração por ter tido essa ideia fenomenal que é o NFF. Ter um lugar onde pessoas lindas interagem e se sentem livres para postar fanfics de temas tão diversos é uma coisa realmente única, e eu me sinto muito sortuda por ter encontrado esse fórum. Além disso, queria dedicar uma mordida especial aos organizadores do Concurso porque essa é outra ideia brilhante, que nos permite conhecer autores geniais, obras incríveis e receber comentários que simplesmente significam tudo para um escritor, então, de novo, OBRIGADA. Ah, e também preciso dizer que eu queria muito apertar e morder e fazer miojos pra Nayla pra sempre, porque se ela não tivesse sido uma linda comigo eu nunca teria perdido o medo e postado uma fanfic aqui, e ela definitivamente foi a responsável por eu ter conseguido terminar essa fanfic do concurso, então muito obrigada. ♥ E agora, um beijo pra minha mãe, pra Xuxa e Sasha. SEUS LINDOS.
 

2 comentários:

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  2. Caraca, meu, quando li essa fic de acid para avaliar, eu logo senti que ela seria vencedora. Nem foi por questão de torcida nem nada, até porque eu desconhecia TOTALMENTE o livro, o autor e os personagens, mas porque ela simplesmente escreveu algo maravilhoso, mas tão maravilhoso que foi capaz de superar as outras duas maravilhas que foram os contos de Nayla e cahove!!

    Adorei também ler a sua entrevista, acid. A sua empolgação simplesmente por participar da competição, a ótima competidora que você e ainda a humildade em admitir a sua timidez e o esforço em lidar com ela para poder se expressar para desconhecidos na internet, mas que estão cada vez mais interessados em conhecer as suas lindas estórias são emuxionantes.

    Muitos beijos para você e sucesso na vida!!!

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