10 de novembro de 2010

The Walking Dead: Pilot (1x01) e Guts (1x02)




Com estreia simultânea em mais de 120 países, The Walking Dead, série baseada nas séries de gibis de mesmo nome por Robert Kirkman, Tony Moore e Charlie Adlard, explora um assunto inédito no âmbito de TV, unindo drama em um mundo pós-apocalíptico infestado por zumbis.


"Pilot" (1x01)



Andrew Lincoln vive o assistente de xerife Rick Grimes, que, após ser baleado em um tiroteio, acorda no hospital meses depois sem ter ideia de que o mundo que conhecia havia mudado. Sua esposa e filho desaparecidos, cidade deserta e diversos cadáveres espalhados pelas ruas de King County, Georgia. Não demora muito, é claro, para Rick perceber que nem todos que deveriam estar mortos estão realmente nesse estado. A partir disso, a série se desenrola ao redor do dia a dia de Grimes, em sua luta desesperada pela sobrevivência.
O episódio piloto, que narra o começo da saga de The Walking Dead, sofre muito com o enredo esburacado e a simplicidade das cenas envolvendo os chamados “morte que caminha”. Tudo acontece meio que atropelado e não se vê uma sequencia natural na troca de cenas. Mesmo assim, o episódio tem seus méritos. Destaque para a bela cena onde Morgan, um sobrevivente que dá abrigo a Rick temporariamente, se vê incapaz de executar sua esposa transformada em um morto-vivo. O sofrimento da personagem é tangível através da bela interpretação de Lennie James.
Pilot se encerra de forma tosca, deixando um vazio para o que poderia ter sido a grande cena de ação do episódio e incitamento para o público conferir os próximos. Dessa forma, se prevê que algumas pessoas desistam de acompanhar a série, mas a curiosidade em ver como um assunto tão bizarro será explorado pelo diretor Frank Darabont, faz valer a pena continuar a conferir a curta primeira temporada - composta de seis episódios apenas - de The Walking Dead. No máximo, terá sido uma perda de tempo.


"Guts" (1x02)



O segundo episódio se mostra bem superior ao de estréia e, se for o principal referencial para os próximos, The Walking Dead promete ser uma bela série. Aliando questões morais com cenas de ação bem executadas, o episódio é puro entretenimento.
Rick é ajudado pela pessoa que enviou as transmissões ao tanque, permitindo-o sair e se encontrar com um grupo de sobreviventes preso em uma loja de departamento. Com os mortos-vivos quase invadindo o local, fugir se torna mais do que uma mera opção. O que se segue é um plano de fuga engenhoso, que garante a grandiosidade do episódio. Destaque para a cena em que Gleen e Rick andam cobertos de sangue e pedaços de um morto-vivo entre a horda de zumbis. O clima de suspense funciona e garante a apreensão, principalmente quando a chuva começa a cair, algo que, para um espectador atento, é uma dica clara do os dois irão enfrentar em seguida.
As questões morais felizmente devem rechear os próximos episódios da série, que deve seguir para um lado mais emocional, aliado as decisões de vida e morte nas mãos de uma pessoa, como se pode conferir em Guts. Além disso, se começa a entender a relação entre o grupo isolado na cidade e o que contém a esposa e filho de Rick. A fala do xerife “Tudo o que sou é um homem procurando por sua mulher e filho. Qualquer um que se coloque no meu caminho, perderá” demonstra claramente que o reencontro com a família trará grandes consequências, pois Lori, sua esposa, já se encontra em um novo relacionamento.

Um comentário:

  1. Não concordo em ser uma perda de tempo. A série tem seus méritos. Vale a pena ver.

    ResponderExcluir