20 de maio de 2011

90210 (3×22): The Prom Before the StormTo The Future!


Seasson finale o que achamos dela?
Foi um episodio morno? Foi. Foi um episodio ruim? Não!
Tivemos dois ganchos básicos! Redenção e amor. Que se entrelaçaram durante a finale. A primeira redenção foi através de Adriana. História que já tinha perdido parte da graça e que a revelação só confirmou as suspeitas da silver.
O que dizer de Adriana e Javier? Desnecessário. Porém podemos retirar daí que ela aprendeu que ela agiu errado. Foi forçado? Demais, mas como arrastar mais uma temporada de burradas já que nessa Adriana teve uma coleção delas!
Já o amor esteve representado em vários momentos. Max e Naomi; Raj e Ivy e até mesmo em Liam e Annie onde também vemos a redenção. Vimos declarações de amor e redenção de Laurel com Ivy.
Mesmo que alguns não gostem. Max e Naomi me faz sentir acredito que Max seja o fator de equilíbrio de Naomi. E com ele, ela amadureça de verdade! Porém a sua prematura maternidade será garantia de boas risadas com certeza.
JÁ Liam e Naomi foi puro clichê. Mas foi bem resolvido e claro Annie aparentemente amadureceu e percebeu que o mundo não gira em torno de seu umbigo.
O último momento marcante do episódio foi o casamento. Quem não se casaria com Raj. Quem diria não a ele; Todas casariam e Laurel perceber que ela não podia abandonar a filha naquele momento foi tocante e isso ter acontecido através de Dixon foi lindo.
Portanto tivemos uma finale morna. Mas mesmo assim varias brechas podem ser respondidas na já confirmada quarta temporada. O que nos aguarda? Só setembro responderá. Encontramos-nos lá!

18 de maio de 2011

Glee: 2x13 a 2x21

Semana que vem é a season finale de Glee, e já inicio aqui pedindo desculpas pela enorme demora em fazer as reviews. Mas aqui estamos!

Ou vocês acharam que tinham se livrado de mim?

Bem, sem mais delongas, vamos aos episódios.


14 de maio de 2011

90210 (3×21): The Prom Before the Storm


Mais um episodio sem surpresas. Essa é a tônica de 90210 no seu final de temporada.
O episodio da formatura em muitas series do gênero é marcante. Mas isso não visto em 90210. Não havia o frisson para sabermos quem seria o rei e a rainha do baile. A escolha foi obvia demais. Talvez se Adrianna ainda freqüentasse a Escola ela tivesse sido rival de Naomi.
Rival para Teddy?Liam? Ele e sua atual fase de apaixonado pela Annie o apagaram por completo da serie.
Portanto Rei e Rainha óbvios. O segundo drama da noite. A pobreza dos Wilson, obviamente seria resolvida pela Marla. A venda do colar foi um gesto altruísta, mas alguém se surpreendeu com o testamento? Annie sendo a herdeira?Esperemos alguma reação da filha da Miss. Templeton.
A segunda storyline de Naomi talvez seja o clichê mais usado de series teen. A aluna patricinha impedida de se formar. Vide Donna Martin no antigo 90210. Porém será que o professor terrorista vai acreditar na inocência de Naomi, será que o drama Max e Naomi já acontecerá agora não na já confirmada quarta temporada? Aguardemos.
Adriana desprovida de sorte durante toda a temporada. Agora está cercada por ela. Ninguém vai acreditar na paranóica Silver. E ela se livrará do crime torpe que ela cometeu.
Mas cá pra nós será que Silver tinha o direto de se sentir tão ofendida pela suposta traição de Navid?
E pra completar o episodio sem surpresas! Ninguém se surpreendeu com a piraçao de Raj e dou um doce pra quem não esperava o pedido de casamento e o sim de Ivy.
Esperemos o que a finale nos aguarda.
PS 90210 foi renovada!

7 de maio de 2011

90210 (3x20)Women on the Verge


90210 nos brinda com um bom episódio, porém algo tem que ser lembrado. Estamos diante de um season finale arrastada.
Qual é o grande gancho pra ser solucionado nessa reta final? Ade e Silver. È muito obvio que algo aconteceu de errado. Silver estava medicada então porque o surto?E qual seria a única pessoa interessada em prejudicar Silver? Pergunta obvia com respostas mais obvias ainda.
E insisto Adriana não é vitima de Silver. Adriana é vitima de se mesma, portanto estamos diante de uma vingança desmedida e desnecessária.
As outras Storylines são bobas. Teddy apaixonado pelo garoto pobre, mas como Naomi fez questão de relembrar Teddy está experimentado do próprio veneno. E aparentemente essa nova fase o transformou em um homem melhor.
Naomi e seu nerd quantas vezes vimos essa história o namoro perfeito que será abalado pela distância. Admito nada mais Naomi do que tentar agradar o seu namorado tentando inscrever-se em outra universidade foi exemplo de que ela está afim de que essa história dê certo. E temos tudo desenhando para que todos fiquem na Califórnia.
E pela primeira vez desde que 90210 começou que fiquei emocionada com Annie. Admito Achei a plot fraca, mas a atriz com Alzheimer me emocionou. Annie se dedicou a ela. E Marla reconheceu. Mas o que mais será retirado dessa história?
E a volta mais sem graça de todas Jen, a ex- vilã, disputará com Debbie o amor de Ryan? Alguém vê alguma graça nisso?
E a pergunta que não quer calar o que sobrou para a essa reta final?

3 de maio de 2011

Concurso NFF II - Entrevista

Nesse bimestre estamos trazendo a entrevista da ganhadora do 2º lugar no Concurso NFF II, referente aos meses de março e abril. A escritora Blood Mary, que nos presenteou com a linda fic "Morte piedosa"

Need For Fic: Qual foi a sua inspiração para essa fic?

Blood Mary: Eu já estava com vontade de fazer uma fic com o Louis e o Lestat, e achei que o tema do concurso (mentiras) seria perfeito. Logo me veio à cabeça uma situação em que o Louis mentiria por piedade, porque isso lhe é muito característico e eu adoraria trabalhar com o ponto de vista dele. Mas essa história da menina veio na minha mente de um jeito bem curioso... Eu estava pensando em que background eu poderia dar para a vítima, e no Media Player começou a tocar Alejandro, da Lady Gaga. Logo a letra e a melodia acabaram me inspirando a criar a história da garota, e toda a trajetória dela até chegar no momento em que começa a narrativa do Louis. A parte que mais me chamou atenção na música foi o começo: "She's got both hands on her pocket / And she won't look at you, won't look at you / She hides true love en su bolsillo". Já foi o suficiente para eu pensar em uma menina que é nova demais para encontrar o amor verdadeiro e inclusive para compreender todos os erros que havia cometido - e que haviam cometido com ela.


Need For fic: Qual a sua relação com esses livros da Anne Rice (Entrevista com o Vampiro, A Rainha dos Condenados, etc...)?
Blood Mary: Eu tenho uma queda por vampiros desde beeem novinha, quando minha madrinha me contava histórias de terror. Quando vi o filme (Entrevista com o Vampiro), me apaixonei. Logo procurei saber mais, e quando encontrei os livros mergulhei nesse mundo de vez. Acho fantástico como os vampiros da Anne Rice são tão sobrenaturais e ainda assim possuem tanto certos aspectos da alma humana. Como alguém reagiria se fosse imortal, se vivesse por 100, 200, 400 anos? Ela é uma das poucas pessoas que escrevem sobre vampiros e pararam para pensar o que a imortalidade realmente significa. E como isso afeta cada um dos personagens - a eterna culpa e tristeza de Louis, e a eterna busca de Lestat por algo maior. Acho que é isso que mais me encanta.

Need For Fic: Qual fandom você nunca escreveu mais tem vontade de escrever?
Blood Mary: Harry Potter! Outro mundo que me encantou... Em matéria de ships, sou apaixonada por Sirius x Remus. Já tive alguma idéias, e espero escrever uma fic dos dois em breve...

Need For Fic: Fale um pouco sobre a sua trajetória antes e depois do NFF.
Blood Mary: Eu comecei a escrever bem novinha (com 6 anos escrevi minha primeira história, haha), e sempre gostei de criar histórias, mesmo que não escrevesse. Entrei em contato com o mundo das fanfics com uns 11/12 anos, e logo descobri o fanfiction.net. Foi ótimo, um lugar para ler outras fics e publicar as minhas. Mas logo o feedback que eu recebia de lá começou a ficar muito fraco. Ou pelo menos, para mim. Os leitores pareciam ter muito interesse que você atualizasse a fic rapidamente, mas não tanto assim em deixar um comentário que dissesse mais do que "atualiza, por favor" ou "legal, continua". E então eu descobri o NFF, onde cada comentário vale muito mais do que muitos daqueles que eu costumava recever no ff.net. Isso me incentivou a escrever mais, e é verdade que eu ampliei meu universo de fandoms, aumentei minha produção de fics e melhorei a qualidade da minha escrita nesse fórum. Uma coisa muito legal? Comecei a escrever fics das Crônicas Vampirescas no NFF. O ff.net não deixa publicar fics dos autores que não permitem a sua publicação (Anne Rice, por exemplo). Por isso, lá não me sentia motivada, mas aqui tudo tem seu espaço!

Por fim, que mensagem gostaria de deixar para as pessoas do fórum?
Blood Mary: Gostaria de agradecer a todos os leitores (e escritores-leitores) que tão atenciosamente comentam nas fics e motivam os escritores a continuar e melhorar seu trabalho. Posso garantir que no meu caso, foi por causa de vocês. E aos criadores, pela iniciativa de criar um fórum tão democrático e que funciona tão bem!

Concurso NFF II: "Kardia Skorpiou – O Coração do Escorpiãol"

Título: KARDIA SKORPIOU – O Coração do Escorpião
Autor: FABINHO
Categoria: Concurso NFF II/2011, Curtindo a Vida Adoidado / Mentiras; Slash (M/M); The Lost Canvas; Presente de aniversário muito atrasado para THEKA TSUKISHIRO :cute:
Advertências: Spoiler (da biografia de Kardia)
Classificação: PG-13
Capítulos: 1 (one shot)
Completa: [X] Yes [ ] No
Resumo: A vida era curta demais para deixar os sonhos para depois.

Tema (s) utilizado (s): Curtindo a Vida Adoidado
Itens utilizados: "A vida passa rápido demais, e, se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo" (Curtindo a Vida Adoidado) | "Vou experimentar tudo o que possa, não quero me ausentar do mundo" (Clarice Lispector) | "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Quero uma verdade inventada." (Clarice Lispector) | “Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passá-la a limpo” (Mário Quintana) | “Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais” (“Exagerado”, Cazuza) | “Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida” (Sócrates) | “Não acrescente dias a sua vida, mas vida aos seus dias” (Harry Benjamin) | “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos” (Charles Chaplin)

KARDIA SKORPIOU
~ O Coração do Escorpião ~



Fazia quase uma hora que Kardia estava sentado na poltrona da biblioteca particular de Dégel, o santo de ouro de Aquário, olhando o amigo folhear as páginas amarelas de um antigo volume impresso sobre a mesa. Os raios do sol recuaram um pouco desde que chegara ao palácio do amigo naquela tarde e este havia pedido para esperar que terminasse uma “rápida” pesquisa que estava fazendo.

– Eu já sei o que é “rápida” quando você se enfurna nessa biblioteca, Dégel. Às vezes você passa dias aqui e ninguém te vê.

– Por favor, Kardia. Eu estou fazendo essa leitura desde cedo e já estou terminando o livro – retorquiu o outro, sem olhar para a cara de espanto de Kardia quando entendeu que o amigo tinha lido aquele livro enorme em menos de um dia.

Voltando a olhar o antigo relógio de madeira fixado na parede, Kardia constatou que já se passara mesmo uma hora e não agüentou mais. Ergueu-se da poltrona e se postou por detrás de Dégel, levantando-o pelos braços e fechando o livro. Ainda faltavam umas vinte e cinco páginas para o santo de Aquário terminar a leitura.

– Já chega. Você vai perder o juízo desse jeito.

– Kardia, o que você...?

– Dégel, tudo em excesso faz mal, não sabia disso? E agora vamos! Dá pra ver como você está pálido de tanto que não toma sol.

Kardia, o santo dourado de Escorpião, arrastou sem muita dificuldade o companheiro de armas para fora do palácio e desceu com ele as escadarias das Casas do Zodíaco sem muita resistência.

– Muito bem, Kardia de Escorpião, já estamos aqui fora. E agora, o que pretende?

– Bem, eu só havia pensado em tirar você daquela biblioteca. O resto ainda não sei – respondeu o outro num gesto quase infantil, nada que lembrasse o mais terrível e ardoroso guerreiro do Santuário de Atena.

Mesmo sem seus trajes especiais – as sagradas armaduras de ouro forjadas pela deusa da sabedoria nos tempos mitológicos – todos os presentes diante da dupla sabiam quem eram os dois e os temiam, especialmente o de trejeitos mais abertos e espontâneos. Era Kardia, o homem que, com apenas uma unha, era capaz de levar à morte ou à loucura uma pessoa depois de torturá-la da forma mais sádica possível. Mas todos atestavam a sua honradez: ele só se permitia ser mau com quem era mau.

– E você simplesmente me arrasta dos meus livros para não fazermos absolutamente nada? Você não tem senso de inutilidade, não, Kardia?

– Calma, amigo! Eu só queria poder passar um tempo com você.

– Como assim? – perguntou Dégel quase sem graça. Kardia ficou vermelho assim que percebeu o teor de suas palavras.

– Bom, err... É que fazia tanto tempo que não andávamos juntos, não treinávamos juntos. As pessoas até têm comentado que os melhores amigos do Santuário não eram mais amigos.

– Que absurdo!

– Era o que eu dizia a eles, mas você também precisa fazer a sua parte.

Agora era Kardia quem jogava a batata quente nas mãos do parceiro. Ah, a terrível astúcia escorpiana...

– O que é que eu vou fazer se o meu coração bater forte demais, Dégel...?

A voz de Kardia saiu quase num sussurro, apenas para Dégel ouvir. Apelar para o seu problema de saúde era baixo até para o santo de Escorpião, chantagista nato, mas Dégel não tinha como declinar daquilo.

– Kardia, se sabe do perigo, por que se expõe tanto? – admoestou.

– Porque eu quero viver, Dégel.

O Aquário quase havia se esquecido dessa faceta do amigo. Mesmo tendo nascido com uma doença incurável no coração, ele costumeiramente se expunha a situações de risco e era Dégel quem sempre ia socorrê-lo, gritando com ele por que agia desse jeito. “Quer morrer?”, perguntava irritado. “Por que faz isso?”

“Porque eu quero viver”, era o que sempre respondia.

Tomando o amigo pela mão, Kardia correu com ele na direção do cemitério do Santuário, o lugar em que estavam sepultados os heróis do passado em túmulos bastante simples, na terra mesmo, marcados por lápides grotescas em que se liam apenas o nome do guerreiro (geralmente um nome especial, escolhido pelo próprio guerreiro), o nome da sua constelação protetora e o nível hierárquico a que pertencia – ouro, prata ou bronze. Na parte mais elevada se via um pequeno templo colunar onde se faziam os rituais de rememoração dos mortos. Por onde se olhasse, a grama verde tomava todo o espaço entre as colinas.

– Por que me trouxe aqui, Kardia? – Dégel estava deveras curioso.

Os olhos do Escorpião pareciam mudados. Ele estava mesmo neste mundo?

– Eu nunca te contei, Dégel, mas este é o meu lugar preferido no Santuário.

– Seu lugar preferido? – queria entender o outro.

– Para mim, não há lugar melhor para se pensar na vida e em como ela é curta. Mais do que qualquer outro no Santuário, eu tenho a consciência de que minha vida pode se extinguir a qualquer momento. Sei disso desde o dia em que nasci.

Kardia fez mais uma pausa e desceu pela grama. Estavam sozinhos. Raramente alguém ia até lá. O coração do Escorpião deu uma batida mais rápida.

– Olhando para todos esses túmulos, tudo o que eu sinto é um desejo ainda maior de viver o mais intensamente possível. Por isso eu ajo desse jeito louco, como você diz.

– Por isso você é como é – começava a compreender o outro.

– Quando eu desejo uma coisa, Dégel, eu desejo de verdade. Quando eu procuro uma coisa, me dôo de corpo e alma nessa busca e nada pode me impedir.

– E eu sou testemunha disso. É uma das suas qualidades mais admiráveis.

Kardia virou-se para ele e sorriu. Sorriu o sorriso mais luminoso que Dégel jamais viu.

– Obrigado, Dégel. Mas do meu melhor amigo eu queria ter muito mais que a admiração.

Antes mesmo que dissesse essas palavras, Dégel já havia lido naqueles olhos safirinos o seu anseio mais secreto. Como reagir a eles?

– Kardia...

O Aquário desceu o suave declive pelo mesmo caminho do amigo e deu-lhe a mão quando o outro pediu. A mão de Kardia estava tão quente...

– Eu sinto muito por demorar tanto em perceber.

– Acho que eu é que devo me desculpar, Dégel. Sempre fui tão exageradamente aberto que talvez, quando eu me esforçava por te fazer entender os meus verdadeiros sentimentos, você não os via.

– Eu é que somente me chateava com você.

– Você apenas se preocupava comigo, como sempre se preocupou.

A mão de Kardia estava mesmo bastante quente e isso não era normal. Dégel se inquietou quando constatou que a pulsação levemente percebida na ponta dos dedos do Escorpião se elevava.

– Kardia, você está bem?

Novamente aquele sorriso de Kardia, que o fazia parecer estar em outro mundo. Talvez fosse verdade que todo escorpiano transitava entre o mundo dos vivos e o dos mortos com a mesma facilidade. O olhar cristalino do amigo não deixava dúvidas: sim, Kardia vivia entre os dois mundos e talvez fosse por isso que ele não temia a morte.

O mais emotivo dos dois levou a mão ao peito, apertando a camisa, mas sem esboçar dor alguma no rosto.

– Kardia, o seu coração...!

– Não se preocupe, Dégel. Eu sempre soube que seria assim quando esse momento chegasse.

– Do que você está falando?

– Algumas das vezes em que você me socorreu fazendo meu coração esfriar com o seu poder de controlar as baixas temperaturas foi porque eu ficava imaginando este dia, o dia em que abriria o meu coração para você, mas dizia que havia passado mal por treinar demais.

– Kardia... Por que não me disse antes?

– Dizer, Dégel? Eu queria que você sentisse.

Dégel não sabia o que dizer diante de tudo aquilo. Ele viu a mão de Kardia apertar com mais força diante do peito. O amigo ficou pálido, fechou os olhos e desfaleceu.

– KARDIA!

O Aquário acorreu para ele e o conteve nos braços, impedindo-o de cair no chão. Com cuidado, ele o fez se deitar na grama e o esperou abrir os olhos, mas se ele não os abrisse...

– Você se prende muito às palavras, Dégel – disse Kardia, por fim, depois de inspirar profundamente. – Eu sempre te falei que ler demais iria te fazer mal.

– Deixe de falar besteira. Você precisa descansar.

Dégel estava visivelmente emocionado.

– Ora, o que é isso que vejo? Uma lágrima?

– Não diga nada, seu tonto – dizia, mais querendo que o outro ignorasse esse fato. Dégel não era de chorar. – Vou baixar a temperatura do seu peito para o coração voltar a bater normalmente.

– Obrigado. Acho que vou sempre depender de você.

Terminado o trabalho de salvar a vida de Kardia, Dégel inclinou-se e deitou a testa sobre a dele, para surpresa do Escorpião.

– Dégel...

– A minha vontade era de nunca mais vir te ajudar – disse o outro, tremendo. O seu cabelo longo enchia o peito ora calmo de Kardia.

– Mas você sempre virá me salvar, não é? – Kardia o abraçou.

Aquela lágrima divisada pelo amigo – apenas ela – enfim escorreu para umedecer a pele quente do santo de Escorpião. Como já se disse, Dégel não era homem de chorar.

– Sempre.

Por fim, ele respondeu, sofrendo com a consciência de que um guerreiro de Atena nasce para morrer cedo, vem a este mundo com o destino de morrer pelo amor na Terra, mas não de viver pelo amor da sua vida, Kardia mais que os outros.

– Sempre, Kardia...


FIM

Posted Image